As emergências climáticas e as demandas ambientais no município de São Paulo foram debatidas em Audiência Pública da Comissão Extraordinária do Meio Ambiente e dos Direitos dos Animais na noite desta terça-feira (7/6). Participaram da discussão, que foi presidida pela vereadora Luana Alves (PSOL), representantes da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, Secretaria Executiva de Mudanças Climáticas, ambientalistas, organizações ligadas à proteção de áreas verdes e munícipes.
Além de falar sobre a Semana do Meio Ambiente, comemorada a partir do dia 5 de junho, a parlamentar sugeriu debates mais frequentes sobre as demandas gerais do meio ambiente, como a preservação das áreas verdes e de mananciais da capital.
“É muito ruim que os temas sobre o meio ambiente sejam debatidos apenas no mês de junho, mas é muito urgente que a gente discuta e consiga, por meio dessa Comissão, envolver os movimentos sociais, como o Fórum Verde Permanente juntamente com o Executivo, para que a gente consiga pensar conjuntamente”, explicou a parlamentar.
Executivo
Representando a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, a coordenadora de Gestão de Parques e Biodiversidade da cidade de São Paulo, Tamires Carla, também defendeu a iniciativa de ampliar o debate sobre o verde e as políticas públicas voltadas ao tema que farão parte do novo Plano Diretor da capital.
“É uma coisa muito importante para gente ficar de olho, de como o Plano Diretor será revisado para garantir que todo mundo tenha direito ao meio ambiente equilibrado, e do outro lado, que seja possível equacionar a questão habitacional em São Paulo”, observou Tamires.
Fórum Verde Permanente
Quem também participou da discussão foi o engenheiro Civil Ivan Carlos Maglio, consultor em planejamento urbano e meio ambiente, doutor em Saúde Ambiental pela USP (Universidade de São Paulo) que colabora atualmente com o Fórum Verde Permanente de Parques, Praças e Áreas Verdes. Ele destacou o tema sobre as emergências climáticas no Brasil e em todo mundo.
“Desde o começo do ano o Brasil já passou por uma sucessão de tragédias que demonstram os efeitos avassaladores da emergência climática, como as chuvas intensas em diversas cidades do país. O que salta aos olhos é a vulnerabilidade social e das populações de baixa renda que moram em locais de alto risco, sofrendo profundamente com esses eventos extremos”.
Outras participações
Entre os inscritos, a jornalista Ana Aragão, que é moradora do bairro Butantã, falou sobre a adoção e apropriação dos parques e áreas verdes pela comunidade. Há 15 anos ela faz parte da Associação dos Amigos da Praça João Afonso de Souza Castelhano. Para a preservação do equipamento público, até um jardineiro foi contratado pela vizinhança para deixar a praça mais aconchegante.
“As áreas verdes municipais não têm tido a atenção que deveriam ter e também não são tratadas como deveriam ser. Isso acontece porque a população não se apropria de suas áreas, que são nossas, e que deveriam ser tratadas como um bem maior e um privilégio”, comentou a jornalista.
Confira todas as participações na Audiência Pública no vídeo abaixo.