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Um comentário

Luiz Carlos da Silva / luiz foslepopus silva.

Polêmico, confuso e conflitante o programa que inclui alimentação a base de farinata como fonte alimentar para os ( mais pobres ) na cidade de sáo paulo. Triste, chegando ao ponto de ser cruel o conceito de pobreza, ao menos do ponto de vista de gestores , responsaveis por ações que construão aportes erradicantes da pobreza absoluta ( Miséria ). Qualquer coisa que signifique respeito ou amor ao seu proxímo, não deveria começar com o aproveitamento de sobras em estágio final de seu período fértil…

Contribuições encerradas.

Audiência Pública debate o uso da farinata em São Paulo

1 de novembro de 2017 - 17:17
Luiz França/CMSP

A farinata foi discutida durante Audiência Pública na Câmara Municipal

ELDER FERRARI
DA WEB RÁDIO CÂMARA

O uso da farinata no Programa Alimento para Todos da Prefeitura de São Paulo foi tema de uma Audiência Pública realizada nesta quarta-feira (1/11) pela Comissão de Administração Pública. No início do mês de outubro, o prefeito João Doria (PSDB) anunciou que distribuiria o produto para a população carente da cidade de São Paulo.

A farinata é uma farinha feita com alimentos processados, perto do fim do prazo de validade. Esse produto serve de base para o granulado alimentar que seria distribuído pela Prefeitura.

Representantes de quatro secretarias municipais foram chamados para participar da Audiência Pública (Gestão, Assistência e Desenvolvimento Social, Direitos Humanos e Educação), mas ninguém esteve presente. O secretário de Educação Alexandre Schneider foi o único que enviou um comunicado, explicando que a farinata não será usada na alimentação nas escolas e creches municipais.

A pesquisadora científica do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP  (Universidade de São Paulo) Renata Levy, que participou da Audiência Pública, criticou o uso da farinata por parte da Prefeitura, por ferir o novo Guia da Alimentação Brasileira.

“A base dele é a de que a população deve ter acesso a alimentos in natura ou minimamente processados. E o que deve ser evitado pela população são os alimentos ultraprocessados, que é caso da farinata”.

O membro da Comissão Executiva do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (Comusan) André Luzzi defendeu que o combate à fome na cidade de São Paulo seja com a identificação de quem, de fato, precisa de ajuda.

“O poder público precisa identificar quais são essas pessoas, famílias, que estão em situação de vulnerabilidade, sem ter uma alimentação saudável, e incluí-los nos programas sociais para uma melhor qualidade de vida”.

Sobre a distribuição da farinata na cidade de São Paulo, a vereadora Sâmia Bomfim (PSOL) está tentando a abertura da CPI da Ração Humana na Câmara Municipal para investigar o assunto.

“Para tentar identificar o que está por trás do projeto da farinata, da Plataforma Sinergia, que é um conglomerado de diversas empresas, que vão ter abatimento fiscal para implementar esse programa para os mais pobres da cidade”.

O vereador Alfredinho (PT), autor do requerimento da Audiência Pública, criticou a ausência dos secretários convidados para explicar o Programa Alimento para Todos e o uso da farinata. O vereador não descartou convocar os secretários para explicar o Programa e enviou 10 perguntas ao Executivo.

“Quais são os componentes dessa farinata, como será a distribuição e fornecimento, que tipo de licitação que vai ser feita. São 10 perguntas, mas essas são as principais que a Câmara e a população precisam saber”.

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