A Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal de São Paulo realizou audiência pública nesta sexta-feira (4) para discutir os principais problemas e a implementação de políticas públicas para resolvê-los no distrito de Brasilândia, Zona Norte da capital. Dentre as principais reclamações feitas pelos moradores estão a falta de creches, as enchentes e coleta de lixo.
O acúmulo de lixo só aumenta, em parte por culpa dos moradores que jogam seus dejetos em qualquer lugar, mas também porque o serviço de coleta não é suficiente aqui. O córrego do Araripira vai encher de novo e já sabemos como fica nossa situação quando chove muito, disse Tiago dos Santos, morador do local.
O representante da subprefeitura da Freguesia do Ó/Brasilândia presente na audiência pública, Luciano Munhoz Picerni, disse que as medidas para resolver o problema já estão sendo tomadas. Não adianta canalizar o córrego. Isso só esconderia o problema. A solução é fazer um parque linear ali, deixando o córrego a mostra para que, caso haja algum problema, possamos detectar e resolvê-lo.
Maria Cecília Freire, representando a Secretaria de Habitação, disse que já foi elaborado e enviado para a Câmara um plano municipal de habitação que cria diretrizes mais claras para esse problema, priorizando o atendimento de áreas de risco. Ela disse que a solução dos problemas da Brasilândia e Freguesia do Ó está contemplada no plano.
A ideia da audiência nas regiões mais longínquas da cidade é aproximar o poder público dos cidadãos. Dependendo do ponto da cidade, fica muito longe da Câmara, que é lá no centro. Nossa ideia é produzir um diagnóstico ao mesmo tempo em que as propostas estão sendo apresentadas”, afirmou o vereador Francisco Chagas (PT), que presidiu a audiência pública.
Os moradores que participaram pediram ainda investimentos em eventos esportivos, equipamentos culturais, políticas de saúde, no sistema viário e de iluminação da região. A demanda por creches é enorme e sabemos da responsabilidade que temos na região. Temos que lutar dia a dia para melhorar a educação da população, disse Maria Antonieta Carneiro, diretora regional de educação da região.
(04/11/2011 17h44)