A Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher realizou nesta quarta-feira (10/6) uma audiência pública para debater a situação salarial dos dentistas na cidade de São Paulo. Estiveram presentes representantes de diversos setores da categoria, e o assunto mais discutido foi a melhoria nas condições de trabalho.
Para Rubens Orlandi, presidente da Associação Odontológica da Prefeitura, a principal reivindicação é a separação da carreira de dentista do cargo largo [pagamento por hora trabalhada]. “Não falamos em salário iguais, mas em carreiras semelhantes [aos dos outros profissionais de saúde]. Nós éramos de carreira com jornada de 20h por semana. Querem aumentar para 40 horas e não alterar o salário”, disse.
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, a Rede Básica conta com cerca de 1.650 dentistas, que atuam em 422 UBSs (Unidades Básicas de Saúde). Por mês são feitas, em média, 120 mil consultas.
Nas UBSs são realizadas todos os procedimentos voltados à atenção básica, com cunho preventivo e curativo, como orientações educativas, escovações supervisionadas, aplicação de flúor, aplicação de selante, restauração, raspagem e atendimentos emergenciais.
Ainda de acordo com a secretaria, foram contratados 200 dentistas por meio de concurso público realizado no ano passado e esses profissionais estão atendendo desde janeiro deste ano. A secretaria também ampliou o número de equipes que atuam no programa Saúde da Família.
Para o presidente da Comissão, Rubens Calvo (PMDB), a audiência foi muito proveitosa. “A maioria das patologias cardíacas e reumáticas advém de infecções dentárias. O dentista e os cirurgiões-dentistas são de suma importância e eles precisam ser valorizados. Tomara que essa audiência tenha desdobramentos positivos”.
