A Comissão de Educação, Cultura e Esportes da Câmara Municipal de São Paulo promoveu uma Audiência Pública neste sábado (11/11), atendendo ao requerimento do vereador Celso Giannazi (PSOL), para discutir a valorização do quadro de apoio nas unidades escolares municipais.
O parlamentar argumenta a necessidade de medidas urgentes, como melhoria salarial e condições de trabalho adequadas, destacando a sobrecarga enfrentada por esses profissionais, muitas vezes envolvidos em tarefas administrativas e atendimento ao público. “A Audiência Pública de hoje, pela Comissão de Educação, Cultura e Esportes da Câmara Municipal de São Paulo, pretende ouvir os profissionais do quadro de apoio da educação, que na verdade são educadores que cumprem uma função extremamente importante na educação, sem eles, a educação e a escola não funcionam”.
Representante do Sindsep (Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo) e auxiliar técnico de educação, Josenildo Francisco reforçou o discurso sobre a batalha da classe em busca da redução da carga horária de trabalho para 30 horas semanais. Hoje, tanto na Câmara Municipal de São Paulo, quanto na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), há dois projetos tramitando em busca deste direito, o PLC (Projeto de Lei Complementar) 12/2018 e PL (Projeto de Lei) 216/2019. Esta última proposta, que é a que tramita na Casa, já foi aprovada em primeira discussão.
“Nossa principal reivindicação é o J30, a gente percebe que nossos colegas, os professores, por trabalhar 6h, conseguem se organizar mais, a gente acredita que com isso vamos ter um serviço de melhor qualidade”, destacou Josenildo.
Marcio Vidal, professor da rede pública municipal de ensino, revela que simpatiza com a causa dos colegas de trabalho, que não possuem jornada, salário e reconhecimento semelhante aos dos professores. “A gente tenta que a categoria do quadro de apoio escolar tenha valorização, porque são profissionais que estão no dia a dia da escola, mas estão muito massacrados. Não só pelo ambiente escolar, mas também na carreira, é um salário infinitamente menor, e eu como professor me solidarizo”.
A audiência contou com a participação de representantes da Secretaria Municipal de Educação, Geduc (Grupo de Atuação Especial de Educação) do Ministério Público de São Paulo e entidades sindicais vinculadas aos servidores públicos, proporcionando um fórum aberto para discutir os desafios enfrentados pelo quadro de apoio nas escolas municipais.
Para assistir a Audiência Pública deste sábado na íntegra, confira o vídeo abaixo:
