Nesta quarta-feira (29/3), a Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal de São Paulo aprovou a realização de uma Audiência Pública com o objetivo de discutir a situação da região central da capital paulista.
O debate, proposto em requerimento pelo presidente do colegiado, vereador Jair Tatto (PT), pretende debater a deterioração do centro e o aumento da insegurança na região, que tem registrado a ocorrência de arrastões e tem assustado frequentadores de estabelecimentos locais. “Nós temos o problema da Cracolândia, que está se tornando crônico, e eu fui procurado por donos de bares e também outros tipos de comércio, para que movêssemos uma ação mais integrada e mais forte. Então eu me propus a juntar outros mandatos para fazer esse diálogo, porque está impossibilitado de circular no centro da cidade de São Paulo”, argumentou o vereador.
“E aquilo que era localizado, por exemplo, na Júlio Prestes, é claro que se espalhou. Ou seja, as ações que o governo está tendo com relação à Cracolândia foram ações que fizeram espalhar [os usuários] e criar novos focos. Nós temos que tomar muito cuidado, mas precisa de uma ação. E aí eu estou falando dos moradores do centro da cidade, porque de um lado incentivamos que venham habitar mais o centro, e isso aí [deterioração] vai na contramão da história, porque os que estão aqui estão em uma situação extremamente desconfortável. E como traremos das periferias para o centro? Porque hoje temos um grande desafio. O Plano Diretor está aqui para ser discutido e [prevê] incentivar moradias no centro, e isso [deterioração] vai criando um empecilho”, completou Tatto.
Deverão ser convidados para a Audiência Pública representantes das secretarias municipais de Segurança Urbana, de Direitos Humanos e Cidadania, de Assistência e Desenvolvimento Social; das subprefeituras da Sé, Vila Mariana e Vila Madalena; da SP Regula; e de entidades representativas de bares, restaurantes e moradores da região.
Além disso, a Comissão de Finanças aprovou dois requerimentos do vereador Paulo Frange (PTB) com pedidos de informação relacionados à concessão do Serviço Funerário de São Paulo. “Um dos requerimentos que estamos encaminhando ao senhor prefeito pede para que ele possa determinar a fixação, em todos os cemitérios, em todo serviço funerário, de todos os preços para que o munícipe, quando chegar, tenha a noção de que existe o [plano] bem mais caro, intermediário e o bem mais barato. Sempre se oferece o mais caro, não é justo. Então nós precisamos ter isso [valores] num lugar visível, claro, transparente”, explicou o vereador.
“O outro, nós estamos pedindo todas as planilhas de custo do dia 6 de março, que foi o último dia que estava na nossa mão o serviço funerário, e a do dia 7, para que possamos fazer um comparativo, e a composição desse aumento, o que levou às mudanças de preço. Com isso em mãos, com documentos em mãos, nós pedimos também no requerimento uma reunião de trabalho, portanto fechada, técnica, para discutir finanças, não discutir política e nem outra situação, discutir especificamente a composição [do aumento], porquê e como chegaram até esses números”, concluiu Frange.
A reunião desta quarta-feira teve quórum completo e foi conduzida pelo presidente da Comissão, vereador Jair Tatto (PT). Ele foi acompanhado do vice-presidente, vereador Isac Félix (PL), e dos vereadores Atílio Francisco (REPUBLICANOS), Cris Monteiro (NOVO), Dr. Sidney Cruz (SOLIDARIEDADE), Paulo Frange (PTB), Rinaldi Digilio (UNIÃO), Roberto Tripoli (PV) e Rute Costa (PSDB), membros do colegiado.
A lista de itens debatidos está disponível neste link, enquanto a íntegra dos trabalhos pode ser conferida no vídeo abaixo: