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Audiência pública recebe prestação de contas da Secretaria da Saúde

22 de fevereiro de 2017 - 19:01

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MARIA RITA WERNECK
DA TV CÂMARA

A audiência pública da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, realizada nesta quarta-feira (22), recebeu representante da Secretaria Municipal de Saúde para a prestação de contas quadrimestral de 2016.

Como a solicitação de prestação de contas foi do último quadrimestre de 2016, a Secretaria apresentou a prestação de contas referente a todo o ano passado. No total, a pasta gastou R$ 10,174 bilhões.

“Os maiores grupos, os maiores gastos foram em pessoal, são gastos com funcionários, contratos de gestão e convênios, que também geram despesa, em sua grande maioria, com pessoal. Foram contratos administrativos para manter toda a saúde, material médico, medicamentos e também investimentos nas reformas e construções”, esclareceu Adelaide Maria Bezerra, integrante da área de finanças e orçamento da Secretaria.

Em números, segundo os dados da Secretaria, foram gastos pouco mais de R$ 4 bilhões com contratos de gestão e convênios; R$ 3,13 bilhões destinados ao pagamento de funcionários e R$ 1,4 bilhão foi direcionado aos custos de contratos administrativos relacionados à administração direta, indireta e autarquias.

Segundo a presidente da Comissão, vereadora Rute Costa (PSD), ficaram dúvidas que serão esclarecidas na próxima audiência pública do colegiado. “A nós não compete agora questionar nada, principalmente hoje, porque não houve tempo de discorrer sobre os assuntos, mas no dia 8 de março foi franqueada uma oportunidade para que removêssemos as dúvidas que ficaram”, disse a vereadora.

Durante a audiência, conselheiros de unidades públicas de saúde, representantes de sindicatos e funcionários públicos lotaram o Salão Nobre da Câmara. O principal assunto levantado por eles foi o projeto da Prefeitura que pretende modificar a forma de distribuição de medicamentos a pacientes da rede. O novo formato do programa ainda não foi definido, mas a ideia é que não haja mais farmácias nos postos de saúde, realocando a demanda para a rede comercial.

“A gente tem um Sistema Único de Saúde (SUS). A gente tem farmácias e está se falando do desmonte daquilo que a gente já tem, com toda estrutura, para empresas que vão vir oferecer os remédios. Eles têm condições de fazer a logística? Eles vão doar a logística?  Porque a logística continua sendo da Prefeitura”, questionou o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep), Sérgio Antiqueira.

“Eu acredito que o nosso principal papel é abrir o diálogo da população com a Secretaria de Saúde, com todos os serviços da rede do sistema de saúde do município. Por isso, eu acho que é muito importante a convocação de uma audiência pública que trate, especificamente, sobre esse tema, que de todos os anúncios da Prefeitura, eu imagino que seja um dos que mais tenham preocupado a população, porque são muitas pessoas que correm o risco de ficar sem o remédio”, disse a vereadora Sâmia Bomfim.

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