MARCELO MIURA
DA TV CÂMARA
Dia 25 de novembro é o Dia Internacional de Combate à Violência Contra as Mulheres. O tema foi abordado em audiência pública da Comissão de Saúde nesta quarta-feira, no Palácio Anchieta.
De janeiro de 2012 a janeiro de 2015, mais de 430 mil mulheres denunciaram crimes de violência. De acordo com o boletim estatístico eletrônico da Secretaria de Segurança Pública do Estado, foram um caso a cada quatro minutos.
“Não é uma violência contra as mulheres, é uma violência de gênero. Nós estamos falando ‘a mulher’, quer dizer, como um ente. O que é violentado na mulher, antes de mais nada, antes de especificar as violências, e a dignidade da mulher”, disse a presidente da Rede Mulher na Política, Alice Peliçário.
“É um problema que ele não é só nosso, é um problema mundial. Ele atinge a mulher do mundo inteiro e tem que ser debatido, tem que ser responsabilizado… governo, estado”, defendeu a advogada Maria Cristina Cruzelhes.
A audiência pública promovida pela Comissão de Saúde da Câmara reuniu diversos movimentos e pessoas ligadas ao tema. A secretária adjunta municipal de Políticas para as Mulheres ressaltou a importância de dar visibilidade ao tema e dos avanços já alcançados.
“A audiência pública foi muito importante, porque trouxe várias informações. A gente precisa de mais espaços para falar da violência contra a mulher, dar mais visibilidade, tanto pra dizer da gravidade que é a violência — a gente tem pelo menos 13 mulheres assassinadas por dia no Brasil — mas também pra falar dos avanços que a gente conquista em termos de legislação, serviços, programas”, disse a secretária adjunta municipal de Políticas para as Mulheres, Dulcelina Xavier.
Os proponentes da audiência pública destacaram como positiva a reunião realizada na sala Tiradentes. “A gente saiu daqui com propostas. A gente não recebeu apenas denúncias, os dados estão aí, os números, os gráficos. A gente conseguiu tirar propostas, e propostas importantes, como fazer um Projeto de Lei que dê prioridade na contratação no serviço público às mulheres vítimas de violência, isso é emponderar a mulher”, disse o vereador Netinho de Paula (PDT), integrante da Comissão de Saúde.