O Banco Mundial avaliou positivamente a proposta da cidade de São Paulo de regular o transporte individual remunerado, que atualmente está em consulta pública. Depois da análise do procedimento de aquisição de créditos para o uso intensivo de ruas e avenidas, a instituição apontou que sistema pode ser modelo para outras metrópoles.
A proposta tem o intuito de debater a ampliação dos serviços disponíveis para o transporte individual de passageiros, respeitando as categorias pré-existentes, sobretudo os taxistas, para a elaboração do texto final da lei.
Na avaliação do Banco Mundial, a proposta de São Paulo se destaca por dar um equilíbrio entre a abertura para inovação e defesa dos interesses dos cidadãos. Para a entidade, o diferencial do sistema de créditos é a possibilidade do poder público direcionar por meio dos preços os serviços de transporte para áreas estratégicas, como locais sem atendimento pelos meios de locomoção tradicionais, ou para horários com pouca oferta do serviço. A outra vantagem do modelo é a disponibilização de informações pelos operadores para a Prefeitura, o que subsidia a administração do viário da cidade.
O assunto ainda subsiste numa zona nebulosa! A linha de trabalho do Banco longe de ser comunitarista, é francamente neoliberal, que apoia empresas que geram nenhum emprego formal, mas supostos parceiros, dos quais arranca um lucro arbitrário em troca de fornecimento de tecnologia de ponta. O ideal é que toda tecnologia seja socializada e distribua equitativamente o resultado dos seus lucros, preservando a organização do trabalho, a soberania politica dos países e o interesse dos povos, no curto e longo prazos. A prefeitura de São Paulo, numa ação pioneira, poderia priorizar o financiamento de plataformas tecnológicas 100% nacionais, fortalecendo o mercado de trabalho para nossos jovens estudantes de TI, e com isso negar de vez, a entrada da StartUp UBER, que prioriza a acumulação capitalista neoliberal, onde muitos poucos passam a controlar e vampirizar o resultado do trabalho de milhões de pessoas, em troca de um mero aplicativo, produto que nossos jovens brasileiros poderiam, certamente, fazer melhor se lhes forem dadas as condições necessárias para tanto.