As mudanças no planejamento das cidades no decorrer dos últimos anos foram discutidas em um dos painéis do seminário desta sexta-feira na 9ª Bienal de Arquitetura de São Paulo. Os debatedores falaram dos problemas causados por ocupações em áreas de risco e sobre a necessidade de se pensar em projetos urbanísticos.
“Para resolver problemas de grandes proporções como o trânsito, por exemplo, não podemos pensar em um plano de metas para ser realizado em um ano, porque isso não vai acontecer. É necessário um planejamento para o futuro”, declarou o professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP) Candido Malta.
Já o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Nabil Bonduki, ressaltou que o Brasil está em “um momento muito bom para se pensar em projetos para a cidade”.
“O Brasil tem uma tradição de planejamento urbano, mas nos últimos 30 anos o país parou de fazer este tipo de investimento. Agora é a hora de retomar estes projetos, já que a população mantém um ritmo de crescimento desacelerado e o Brasil vive uma fase boa economicamente”, disse Bonduki, que sinalizou a “importância de esse planejamento urbano ser realizado com clareza”.
Também presente no seminário, a coordenadora de projetos da Secretaria Municipal de Habitação de São Paulo, Maria Tereza Diniz, falou que o Executivo está tomando providências para que áreas ocupadas em zonas de risco sejam regularizadas.
“Temos o Plano Municipal de Habitação e, de acordo com os nossos dados, são 1.500 favelas em São Paulo, sendo que a maioria pode ser regularizada caso seja feito um plano de urbanização”, garantiu Maria Tereza.
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(18/11/2011 – 17h05)