pixel facebook Pular para o conteúdo Pular para o rodapé Pular para o topo
Este é um espaço de livre manifestação. É dedicado apenas para comentários e opiniões sobre as matérias do Portal da Câmara. Sua contribuição será registrada desde que esteja em acordo com nossas regras de boa convivência digital e políticas de privacidade.
Nesse espaço não há respostas - somente comentários. Em caso de dúvidas, reclamações ou manifestações que necessitem de respostas clique aqui e fale com a Ouvidoria da Câmara Municipal de São Paulo.

Brasil precisa assumir que é racista, afirma historiador

26 de maio de 2014 - 14:37

Categorias

Luiz França / CMSP
COPA_SEM_RACISMO-26-05-2014-FRANCA-08701-72ABRE

O historiador Paulo Henrique do Nascimento afirmou nesta segunda-feira (26/5), durante seminário realizado na Câmara Municipal, que o Brasil precisa assumir que é racista. De acordo com o ele, essa seria uma medida essencial para acabar com o preconceito no país.

“O Brasil é um país racista e as estatísticas revelam isso. Existe uma hierarquização onde percebemos que os brancos são privilegiados em detrimento dos negros. Um dos caminhos para combater o preconceito é nos assumirmos como racistas e não fazer vistas grossas quando virmos esse tipo de atitude”, declarou Nascimento. Na opinião dele, a Copa é uma boa oportunidade para potencializar ações para acabar com o racismo.

Durante sua palestra, o ex-árbitro de futebol Márcio Chagas, que apitava pela Federação Gaúcha de Futebol, relatou diversos momentos em que foi ofendido por torcedores e até mesmo jogadores. “A região serrana é muito racista. Ao longo da carreira passei por diversas situações desagradáveis. Em uma das partidas, os torcedores me chamavam de macaco, mandavam eu voltar para o circo, para a África. Após o fim da partida, quando fui pegar meu carro, ele estava cheio de bananas em cima”, contou.

Para Chagas, a Copa precisa ser um marco para o país. “Esperamos que a questão racial seja discutida e a partir do esporte conseguamos ter essa agregação social, porque todas as raças precisam uma das outras com um único objetivo, que é fazer o melhor”, acrescentou.

A sub-secretária nacional de juventude, Ângela Guimaraes, chamou a atenção para a omissão de todos os entes envolvidos com a questão, o que inclui instituições públicas e privadas. “Precisaríamos ter uma conscientização dos jovens ainda durante as peneiras, porque esses negros vão sofrer preconceito mais para frente. Os clubes, confederações e outros envolvidos que não tomam medidas para debater o tema são também coniventes”, disse. ?

O seminário Por uma Copa Sem Racismo é uma iniciativa do mandato do vereador Netinho de Paula (PCdoB). (Da Redação)

(26/05/2014 – 11h40 – atualizado às 16h05)

Outras notícias relacionadas

Ícone de acessibilidade

Configuração de acessibilidade

Habilitar alto contraste:

Tamanho da fonte:

100%

Orientação de acessibilidade:

Acessar a página Voltar