A Comissão Extraordinária de Apoio ao Desenvolvimento do Turismo, do Lazer e da Gastronomia recebeu, nesta terça-feira (26/11), representantes da Secretária Municipal de Turismo e da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), além de promotores de feiras e eventos culturais. O objetivo foi debater estratégias para os eventos do calendário oficial de turismo da cidade.
De acordo com o presidente da UBRAFE (União Brasileira dos Promotores de Feiras), Armando Arruda, no Brasil são realizados cerca de 2 mil feiras ao ano. Na Região Metropolitana de São Paulo, foram registradas em média 284 feiras, nos anos de 2017 e 2018, o que resultou em uma receita total de R$ 14 bilhões.
Segundo os promotores, se não houvesse tanta burocracia por parte do Executivo, o impacto na economia local seria ainda maior. “É preciso ter velocidade, um evento não pode esperar 30 dias para uma licença, ele ficará ultrapassado”, disse Arruda.
A analista de Políticas Públicas da Secretária Municipal de Turismo, Maria Camila Florêncio, informou que a pasta já tem preparado um Plano Municipal de Turismo, que será publicado em breve. “No plano, temos dois grandes projetos voltados para temática de evento, um deles estamos chamando de Descomplica de Eventos, que é justamento a desburocratização de processos para realização”, disse Camila.
Calendário Inteligente
A ideia de criar um calendário único se deu pela quantidade já existente de calendários oficiais e não oficiais. O Calendário Inteligente tem como objetivo divulgar os eventos de forma organizada, através de ferramenta única, para que não haja sobreposição de eventos, o que poderia comprometer a infraestrutura da cidade.
Com relação ao Descomplica, o objetivo é integrar diversos serviços da prefeitura e órgãos públicos, com a finalidade de informar os organizadores e promotores sobre as características que os eventos devem ter. E também sobre documentos e o processo administrativo necessário para a realização de determinado, de modo a facilitar a comunicação entre os órgãos, através de um portal único.
Já os promotores de eventos alegam ser necessário dar um tratamento diferente aos eventos oficias da cidade e aos eventos com potencial turístico. “É muito importante a organização e a qualificação dos eventos. Existem eventos oficias que têm tratamento turístico, como por exemplo Réveillon, Carnaval, Parada LGBT, aniversário da cidade… Isso precisa ser um pouco melhor organizado e definido”, concluiu Arruda, da UBRAFE.
A vereadora Soninha Francine (CIDADANIA) propôs a criação de uma comissão interna entre, promotores de eventos e entidades ligadas à área, para que a organização do calendário seja feita na sede do Legislativo paulistano. Assim, os vereadores poderiam intermediar as demandas com a prefeitura, caso necessário.
O presidente da comissão, vereador Rodrigo Goulart (PSD), ressaltou a importância da discussão no Legislativo, pois o calendário é um dos itens previstos no Orçamento 2020 da cidade. “Nós já vínhamos discutindo o Calendário Inteligente, inclusive já está previsto no orçamento do ano que vem. Para o inicio do ano, serão várias tratativas para que a gente possa realmente fazer acontecer, tanto o Calendário que vamos abranger todos os eventos, como também o Descomplica, para desburocratizar”, afirmou Goulart.