Ao abrir oficialmente o Simpósio Paulista do Samba e Cidadania, promovido pela Sociedade Comunitária "Fala Negrão, fala mulher", a vereadora Juliana Cardoso (PT) descreveu o nascimento do samba no Brasil.
“Foi dos lamentos da senzala que o samba foi formado e foi se enraizando por todo o Brasil", destacou. "Hoje, portanto, não é possível afirmar que o samba é baiano, carioca ou de qualquer outro lugar. Ele aparece simultaneamente em várias partes do Brasil. Porém, sempre mantendo a essência da música praticada pelos africanos."
De acordo com a parlamentar, "No Estado de São Paulo, ocorre uma modalidade de samba muito especial, denominada de acordo com a época e a localidade: o samba caipira, samba capineiro, samba de Pirapora, conhecido também como samba rural ou samba de bumbo, ou samba de terreiro; tem o samba de umbigada, samba de lenço e o samba paulista.”
O simpósio, espaço aberto para os representantes da cultura afrodescendente e do samba, discutirá políticas públicas para essa modalidade, tendo como alvo integrantes das escolas de samba, blocos afros, carnavalescos, entre outros. No dia 12/12, estão previstas mesas-redondas a se realizarem das 9 às 16 hs. na UNICID (Rua Cesário Galeno, 448/475, no Tatuapé, próximo ao Metrô Carrão).
Entre outros temas, o Simpósio discutirá o samba na mídia, o samba como fonte de trabalho e renda e o samba no calendário turístico de São Paulo.
Em seguida, haverá a apoteose na quadra da Escola de Samba Acadêmicos do Tatuapé – congraçamento entre pavilhões, ala das baianas e velhas guardas, bateria da Acadêmicos do Tatuapé e intérpretes das escolas coirmãs.
Compuseram a mesa da solenidade de abertura do Simpósio personalidades do samba como Maria Helena Brito, presidente da Velha Guarda da Sociedade Rosas de Ouro; Nuno Coelho, presidente da Coordenadoria dos Assuntos da População Negra (CONE); e Gilson Nunes, da Sociedade Comunitária “Fala Negão/Fala Mulher”, entre outras.