A população foi para as ruas em 1983. A Câmara Municipal de São Paulo apoiou. O desejo de todos era o mesmo. A realização de eleições diretas à presidência da república. Conhecido como Diretas Já, o movimento recebeu o apoio dos vereadores e dos funcionários da Casa.
O legislativo paulistano estava à favor da reivindicação da sociedade e os vereadores instalaram em 1984 o Comitê Pró-Direitas com a participação de parlamentares do PMDB, PTB e PT. A bancada do PDS (Partido Democrático Social) foi convidada a indicar um integrante para compor o grupo, no entanto, se recusou porque apoiava o governo do general João Figueiredo.
Os eventos tradicionais promovidos pela Câmara tornaram-se espaços de discursos pró Diretas. “Esse slogan ‘Diretas Já’ está nos unindo, mesmo com diferenças partidárias, com diferenças ideológicas. Acho que essas diferenças são todas superficiais. Temos de lutar é por essa causa da redemocratização do nosso país”, disse a então primeira-dama do Estado Lucy Montoro, mulher do governador Franco Montoro, em comemoração ao Dia da Mulher, realizado no Palácio Anchieta.
Os vereadores e os funcionários ofereceram apoio não apenas por meio de atividades legislativas. Naquele ano, eles fizeram uma passeata do Palácio Anchieta até o Vale do Anhangabaú – palco de um dos maiores protestos realizados na capital paulista.
Conheça aqui a história completa da participação da Câmara nas Diretas Já.
Essa e outras histórias podem ser encontradas no Centro de Memória da Câmara. Os registros constam desde o século XV.