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A Câmara promoveu nesta terça (24) uma sessão solene em comemoração aos 90 anos do Colégio Renascença, uma das mais tradicionais instituições de ensino judaicas de São Paulo. Fundado em 1922, ao longo do tempo o colégio expandiu suas atividades, que hoje abrangem da pré-escola à pós-graduação.
A homenagem é uma iniciativa do vereador Floriano Pesaro (PSDB), que considera a escola um exemplo de educação humanista, com respeito à vida e ao próximo.
São Paulo deve muito a essa instituição, afirmou o parlamentar. Nós sabemos que a educação de qualidade, como a que tem o colégio Renascença, é uma educação que transforma, é uma educação que deixa a sociedade mais justa, mais igualitária, mais humana.
Presidente da Sociedade Hebraico-Brasileira Renascença, mantenedora do colégio, Jaime Rubens Rabinovitsch diz que a escola busca transmitir uma filosofia pluralista a seus alunos. Nós somos uma escola inclusiva, atendemos crianças especiais também. Isso ajuda os alunos a conviverem com diferenças, acredita Rabinovitsch.
Participou da sessão o cônsul geral de Israel em São Paulo, Ilan Sztulman. Nascido e criado na cidade, ele reconhece o valor do Renascença para a sociedade. É um trabalho muito lindo, que tem por um lado o judaísmo, e por outro educa para a responsabilidade social, e isso é digno de prestigiar e louvar neste dia, afirmou o diplomata.
HISTÓRIA
O Gymnasio Hebraico-Brasileiro Renascença iniciou suas atividades no dia 22 de abril de 1922, em uma pequena casa alugada na esquina das ruas Amazonas e Três Rios, no bairro do Bom Retiro. Fundada por imigrantes originários principalmente da Europa Oriental, a escola foi a primeira da cidade a oferecer o diploma do primário junto ao ensino judaico.
Nas décadas de 40 e 50, o Renascença expandiu suas atividades, criando o Seminário Hebraico de professores, primeiro curso regular de formação de docentes para o ensino judaico, e um curso ginasial.
Em 1968, foi erguida a sua primeira filial da escola, em Higienópolis, oferecendo inicialmente vagas na pré-escola e no primário. Com isso, a instituição atendia à demanda da comunidade judaica que vivia em outros bairros.
Na década de 70, o Renascença tornou-se uma das poucas instituições particulares da cidade a oferecer cursos de especialização, primeiro passo para a abertura, no Bom Retiro, da Faculdade de Letras, Ciência e Pedagogia.
Desde então, o Renascença prosseguiu em seu trabalho de renovar instalações, equipamentos e métodos de ensino em suas duas unidades, cuidando da educação desde o maternal até a pós-graduação.
(24/04/2012 20h49)