O dia 30 de outubro é uma data consagrada ao Comerciário, pois graças a essa categoria os trabalhadores brasileiros tiveram a carga horária escrava de 12 horas diárias reduzida para 8 horas e descanso semanal. Para comemorar a data, o vereador Antonio Goulart (PMDB) realizou, na sexta-feira (30/10), sessão solene no Plenário da Câmara. Em 1932, no dia 29 de outubro, às 10 horas, no Rio de Janeiro, um grupo de caixeiros (como eram chamados os empregados no comércio) das Ruas Carioca, do Ouvidor, Gonçalves Dias e Largo de São Francisco e adjacências aglomerou-se no Largo da Carioca. Os manifestantes ganharam o apoio de ferroviários, bancários, escriturários, professores e jornalistas.
Uma multidão de cinco mil pessoas marchou para o Palácio do Catete, sede do governo federal na época. Os trabalhadores foram recebidos pelo então presidente Getúlio Vargas, que da sacada do Palácio assinou o Decreto Lei nº 4.042, de 29 de outubro de 1932, que regulamentou a jornada de trabalho.
Posteriormente, os frutos dessa luta dos comerciários foram estendidos a todos os trabalhadores brasileiros que passaram também a ter suas jornadas de trabalho regulamentadas nos mesmo moldes.
“Este dia é muito importante para São Paulo, pois o Comerciário sempre atende muito bem. Talvez o carinho que existe nesta cidade deve-se muito ao comerciário, que é uma pessoa elegante, amável que trata o cliente com uma cortesia diferenciada. E esse calor humano falta muito à cidade”, destacou Goulart.
A garra e a determinação dos comerciários do passado, hoje ensinam a luta da classe em favor de novas conquistas, melhores salários e condições de trabalho. “Realmente é uma categoria muito importante e fundamental. A meu ver é uma categoria que é um verdadeiro servidor público, pois está sempre servindo a sociedade. Sempre alegre, animado, por mais problemas que possam ter, pois não temos estabilidade nem aposentadoria integral quando deixamos de trabalhar”, destacou o presidente do Sindicato dos Comerciários, Ricardo Patah.
Por sua vez, Goulart informou que “pesquisa Dieese mostra que a mulher comerciária ganha muito menos, embora tenha um nível de instrução escolar maior que o comerciário”.
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