A Câmara Municipal de São Paulo, em nome dos 55 vereadores, de seu corpo técnico e dos demais servidores, lamenta profundamente o falecimento do prefeito Bruno Covas (PSDB). O chefe do Executivo municipal estava afastado do cargo desde o início do mês, quando foi internado no Hospital Sírio-Libanês em sua luta contra o câncer.
De acordo com a equipe médica que cuidou do prefeito, Bruno apresentou piora no estado de saúde na sexta-feira (14/5). O boletim médico comunicou que o quadro clínico de Covas era irreversível. A nota informou que o prefeito recebia medicamentos analgésicos e sedativos e estava no quarto acompanhado dos familiares os quais o Parlamento paulistano presta condolências. E às 8h20 deste domingo (16/5), o Hospital Sírio-Libanês confirmou a morte de Bruno Covas.
Relação com a Câmara
Durante a gestão, Bruno Covas fez várias visitas à Câmara Municipal de São Paulo. Nos discursos e nas entrevistas, ele destacava a importância em manter o bom relacionamento com o Legislativo paulistano. Na Sessão de Posse, em 1 de janeiro de 2021, ele ressaltou o laço entre os Poderes.
“Quando Prefeitura e Câmara trabalham juntos é a cidade que sai ganhando, é a população que colhe os dividendos de uma relação harmônica e independente entre os Poderes. Independentemente de partidos políticos, saberemos reconhecer a importância do trabalho das vereadoras e vereadores. Esperamos construir juntos uma legislação moderna e à altura da grandeza da cidade de São Paulo”.
Covas também reconheceu a responsabilidade ao administrar a capital paulista. “São Paulo é maior e mais importante do que qualquer um de nós. Essa megalópole, cidade padrão mundial que acolhe a todos sem distinção, mas que tem a perfeita noção da sua importância dentro de um país. É um resumo do mundo e do Brasil”. Seu legado de homem público, cidadão honrado e político equilibrado será sempre lembrado pelo Parlamento municipal.
Vereadores e vereadoras
Durante o período em que Bruno Covas tratou da doença, vereadores de situação e oposição se solidarizaram com o prefeito. Nas sessões plenárias, parlamentares desejavam pronta recuperação ao chefe do Executivo.
História de Bruno Covas na política
Nascido em Santos, litoral sul de São Paulo, Bruno Covas Lopes tinha 41 anos de idade. Advogado e economista por formação, desde criança seguiu os passos do avô, Mário Covas (1930-2001), ex-governador de São Paulo.
Filiado ao PSDB em 1998, Bruno foi primeiro secretário, presidente estadual e presidente nacional da juventude tucana. Em 2004, iniciou a carreira política ao se candidatar a vice-prefeito de Santos, na época com 24 anos.
Nas eleições de 2006, Bruno Covas foi eleito deputado estadual e, em 2010, reeleito. Em 2011, ele se licenciou do cargo para assumir a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Nas eleições de 2014, conquistou nas urnas uma cadeira de deputado federal.
Já em 2016, Bruno se candidatou a vice-prefeito de São Paulo. Em 2018, com a renúncia do então prefeito João Doria (PSDB) para concorrer ao Governo do Estado, Covas assumiu a Prefeitura da capital paulista.
Em 2019, após realização de exames, Covas foi diagnosticado com câncer. No ano seguinte, em 2020, além de cuidar da própria saúde, ele enfrentou um dos maiores desafios da cidade – combater a pandemia na capital paulista. Ainda em 2020, em meio à crise sanitária e dando continuidade ao tratamento da doença, Bruno disputou as eleições municipais e foi reeleito prefeito de São Paulo.
Diagnóstico da doença
Após exames para tratar de uma infecção na pele, em outubro de 2019, Bruno Covas foi diagnosticado com um câncer na cárdia, no sistema digestivo. Covas se submeteu a sessões de quimioterapia e posteriormente iniciou tratamento de imunoterapia.
Em janeiro de 2021, o chefe do Executivo tirou licença de 10 dias para iniciar nova fase de tratamento. E, em abril deste ano, os médicos de Bruno identificaram novos focos de câncer nos ossos e no fígado.
Licença da Prefeitura
Em 2 de maio, Bruno Covas comunicou a licença da Prefeitura de São Paulo por 30 dias. Ele foi internado no Hospital Sírio-Libanês para realizar novos exames e dar sequência às sessões de quimioterapia e imunoterapia. Porém, uma endoscopia apontou sangramento no local do tumor inicial. O prefeito foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva e precisou ser intubado. Com o sangramento estancado, Bruno foi extubado no fim da tarde do dia 3 de maio. No dia seguinte, Covas teve alta da UTI e foi para o leito semi-intensivo.
Com o agravamento no estado de saúde, neste domingo, Covas não resistiu e veio a óbito aos 41 anos de idade.
Boa tarde nobres colegas.
Gostaria de expressar pêsames a família ( filhos e esposa ).
Que Deus conforte neste momento.
Parabéns a todos que fizeram está linda homenagem a este grande homem que brilhou em São Paulo.