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Câmara debate o descarte incorreto de produtos plásticos no Dia Mundial do Meio Ambiente

Por: EMANUEL BELMIRO - DA REDAÇÃO

5 de junho de 2018 - 20:09

A Comissão Extraordinária Permanente de Meio Ambiente da Câmara Municipal de São Paulo, em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, que foi celebrado nesta terça-feira (5/6), promoveu Audiência Pública para discutir os impactos causados pelo descarte incorreto de produtos plásticos.

O presidente da Comissão, vereador Reginaldo Tripoli (PV), foi o autor do requerimento solicitando a Audiência Pública. Participaram, além do vereador, o diretor da ONG Ecosurf, João Malavolta, a coordenadora da Campanha Mares Limpos da ONU (Organização das Nações Unidas) Meio Ambiente, Fernanda Daltro, a pesquisadora do Instituto Oceanográfico da USP, Leandra Gonçalves e a jornalista Paulina Chamorro, representante da National Geographic Brasil.

Durante a Audiência foi discutido o Projeto de Lei 99/2018 , do vereador Tripoli, que pretende proibir o fornecimento de canudos plásticos em hotéis, restaurantes, bares, padarias, entre outros estabelecimentos comerciais na cidade de São Paulo. Não existem dados concretos sobre a quantidade de canudos descartados na capital paulista, mas somente nos Estados Unidos mais de 500 milhões de canudos são jogados fora todos os dias pelos americanos. Número este que não deve estar distante da realidade brasileira, segundo o vereador.

“O Projeto sobre a proibição dos canudos já passou pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e agora vai caminhar por outras Comissões da Casa. Vamos pedir que ele seja pautado no Plenário e votado em Primeira Discussão o quanto antes, porque o impacto positivo que o mesmo vai causar no meio ambiente da cidade de São Paulo é imenso. Claro, que o canudo por si só não vai resolver o problema, mas ele é emblemático, porque a maioria da população faz uso desse material e os danos causados a natureza são grandes”, disse o parlamentar.

A poluição invisível, causada pelos micro ou nanoplásticos, também entrou em discussão na reunião. Esses microplásticos, que não são vistos a olho nu, são carregados de muitas toxinas e nos mares acabam sendo absorvidos por peixes e outros seres marinhos. O ser humano então, por consumir também estes animais, acaba ingerindo uma quantidade significativa deste material no organismo.

“Uma pesquisa publicada na Europa que analisou a qualidade da água no Brasil, revelou que de cada 10 amostras de garrafa, 8 possuíam microfibras sintéticas na composição. Mas ainda não existem pesquisas conclusivas sobre o quanto esse consumo invisível vem impactando na saúde do ser humano, mas suspeita-se que a ingestão dessas substâncias possa ocasionar problemas em glândulas como a tireoide, já que estas alterações foram observadas em alguns peixes. Estamos ingerindo microplásticos tóxicos diariamente”, afirmou Malavolta.

Leandra Gonçalves, pesquisadora da USP, elogiou a iniciativa da Câmara Municipal de São Paulo na elaboração de um PL restringindo o uso de canudos e também por abrir espaço para debater os impactos do plástico no meio ambiente.

“É muito importante que se discutam estes temas no Legislativo de uma cidade que ainda precisa avançar bastante nas questões ambientais, como São Paulo. Mas é preciso também alertar a sociedade e fazer ela se conscientizar quanto a mudar alguns hábitos. A Câmara, por ter essa proximidade com a população, pode fazer a diferença com essas ações”, disse a pesquisadora.

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