Uma audiência pública realizada neste sábado (8/2) discutiu a situação de deficientes físicos e intelectuais. O debate foi trazido à Câmara Municipal pelo vereador Andrea Matarazzo (PSDB), e conduzido pela deputada federal Mara Gabrili (PSDB-SP).
Para Mara, por muitos anos os deficientes foram deixados de lado na elaboração de políticas públicas. “Muitas vezes fica para segundo plano, e o principal para que aconteçam é nenhum gestor público fazer um projeto que não contemple essa diversidade humana”, disse.
Sobre a audiência pública, ela disse ser compreensível que assuntos ligados à mobilidade urbana serem o foco da discussão. Esse foi o assunto da fala de Zildeu Gomes, munícipe e cadeirante. Ele contou que as dificuldades já fizeram com que ele perdesse uma entrevista de emprego. “Só tem um ônibus adaptado que faz o trajeto da minha casa até o metrô da Linha 4, e eles não cumprem o horário”, contou.
Segundo a secretária da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Mariana Pinotti, ações de acessibilidade são maioria no plano da pasta para os próximos anos. “Isso envolve a questão de calçadas, acessibilidade em prédios públicos, unidades básicas de saúde e escolas”.
Marco Pellegrino, secretário adjunto da Pessoa com Deficiência no Estado, acredita que questões ligadas à acessibilidade em edificações tenham se tornado interessantes economicamente. “A legislação de reforma de edifícios e elevadores abrange questões que envolvem o interesse econômico de grandes grupos”, observou.
(10/2/2013 – 12h37)