A Câmara Municipal de São Paulo instalou nesta quarta-feira (8/6) a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar os contratos e convênios firmados pela Fundação Theatro Municipal de São Paulo.
O pedido para averiguar o espaço cultural foi feito pelo vereador Quito Formiga (PSDB), eleito para presidir os trabalhos do colegiado. “Precisamos investigar as denúncias que ocorreram sobre o desvio de dinheiro público do Theatro Municipal divulgado pela imprensa”, sinalizou o parlamentar, que terá como vice a vereadora Sandra Tadeu (DEM).
O parlamentar refere-se à reportagem publicada pelo jornal “O Estado de S.Paulo” sobre o acordo de delação premiada do ex-diretor da Fundação Theatro Municipal, José Luiz Herencia, fechado com o Ministério Público. Ele é investigado por superfaturar contratos da instituição com artistas e causar um rombo de até R$ 20 milhões no orçamento da cidade.
“A Câmara não pode ficar sem fazer nada diante desses fatos que entristecem a todos. Vamos convocar todas as pessoas envolvidas, sendo que o primeiro deverá ser o Herencia [José Luiz] que se posiciona como réu confesso e diz que recebeu R$ 6 milhões e repassou essa verba. Vamos convidar o maestro e diretor artístico do Theatro, John Neschling, e o secretário de comunicação da prefeitura, Nunzio Briguglio Filho, citados pelo ex-diretor na delação premiada”, argumentou Quito Formiga. “Vamos rever todos os contratos dos artistas e tirar a limpo essa história”, disse.
O relator da CPI será o vereador Alfredinho (PT) e o colegiado será integrado pelos parlamentares Aurélio Nomura (PSDB), José Police Neto (PSD), Ricardo Nunes (PMDB) e Paulo Frange (PTB).
