A Câmara Municipal de São Paulo realizou nesta sexta-feira (08/05), no Plenário Primeiro de Maio, sessão solene em tributo ao tricampeão mundial de Fórmula Um, Ayrton Senna (1960-1994), “15 anos de saudade”. A iniciativa foi do vereador Celso Jatene (PTB), apoiado pelo Instituto Ayrton Senna e pelo Memorial Ayrton Senna.
Os oradores destacaram o exemplo de vencedor, o patriotismo e a capacidade de superação do piloto, cuja carreira no automobilismo acusa três títulos mundiais, 65 poles positions e 41 vitórias. A maioria esmagadora da assistência da solenidade era de crianças.
“Vocês, crianças, são a razão pela qual o Instituto Ayrton Senna existe. A família Senna percebeu que a imagem do Ayrton não pertencia a eles e sim ao povo brasileiro. A Viviane Senna [irmã do piloto] tinha a informação de que o Ayrton queria fazer alguma coisa pelas crianças. A gente trabalha com dois milhões de crianças. Desde 1994, trabalhamos com 11 milhões”, ressaltou a coordenadora do Programa Educação pelo Esporte do Instituto, Cléo Tibério.
O Instituto Ayrton Senna é uma organização que promove programas educacionais para o desenvolvimento do potencial das novas gerações e para a capacitação de educadores, em parceria com Estados, municípios e outras entidades. Já investiu R$ 203 milhões nesses projetos.
Em seguida falou Celso Gomes Pereira, assessor do Memorial Ayrton Senna, destinado a preservar a memória do ídolo, a partir do seu acervo – aberto ao público. “A gente tem encontrado a cada ano pessoas dos quatro cantos do mundo que eternizam o caráter, o arrojo [de Senna]. O que ocorre é um encontro de amigos para lembrar o Ayrton”, declarou.
“Eu faço um trabalho há 20 anos sobre ele, desde que era vivo. Sempre retratei um lado mais espiritualizado dele. Ayrton sempre teve um algo a mais do que o excelente piloto que era. Eu percebia que, ano a ano, ele dizia coisas mais profundas, que iam se transformando em mensagens”, realçou o artista plástico Paulo Solaris, que há muitos anos retrata Ayrton Senna nas suas obras, inclusive como um dos 50 expositores de mostra atualmente em cartaz no Conjunto Nacional, intitulada “Arte para um mito” também homenageando o atleta (Avenida Paulista, nº 2073).
“Vocês estão acostumados a encontrar no domingo familiares que não costumam encontrar nos dias de semana. O Ayrton é como se fosse um parente nosso que vinha, domingo sim, domingo não, com muitas histórias pra contar. Ele fazia questão absoluta de na hora da vitória dizer pra todo mundo que ele era brasileiro”, notou o vereador Celso Jatene.
Compuseram a Mesa da solenidade Celso Jatene; Cléo Tibério; Celso Gomes Pereira e Paulo Solaris.
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