As informações dos casos de Covid-19 na capital paulista foram atualizadas no início da tarde desta quinta-feira (27/8) no prédio do Executivo municipal. Em coletiva de imprensa virtual, a Prefeitura de São Paulo apresentou o resultado do segundo inquérito sorológico realizado em crianças e adolescentes de quatro a 14 anos da rede municipal de ensino. Também foram divulgados os dados da quinta pesquisa feita com os adultos.
O estudo analítico traça o perfil das pessoas infectadas pelo novo coronavírus na cidade, e direciona as ações de combate à doença. O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Eduardo Tuma (PSDB), representou o Legislativo paulistano na coletiva e falou sobre o trabalho da Casa no enfrentamento da pandemia.
“A Câmara continua atenta às questões da cidade. Ontem aprovou um projeto de lei que regulamenta a MP (Medida Provisória) da liberdade econômica, que desburocratiza ainda mais os processos administrativos nessa retomada econômica”, disse Tuma, que destacou ainda o trabalho em conjunto entre o Executivo e o Legislativo.
Inquérito dos adultos
Em relação ao quinto inquérito sorológico realizado nos adultos, o prefeito Bruno Covas (PSDB) explicou que o índice de prevalência está estável em 11%. O chefe do Executivo disse ainda que o estudo tem confirmado algumas tendências.
“A população das classes D e E tem um índice de prevalência quatro vezes maior do a população das classes A e B”, falou Covas, que também falou sobre outros indicadores que se mantêm ao longo das fases do estudo. “A população preta e parda tem uma incidência duas vezes maior do que a população branca. Aqueles com Ensino Fundamental têm uma prevalência três vezes maior do que aqueles que têm ensino superior”.
Inquérito das crianças e adolescentes
Já sobre o segundo inquérito sorológico feito com as crianças e os adolescentes de quatro a 14 anos de idade da rede municipal de ensino, o prefeito disse que houve aumento no índice de prevalência.
“Um leve aumento na quantidade de crianças já imunizadas, de 16,1% para 18,3%. É preciso aguardar mais uma fase para verificar se isso é uma tendência de subida ou se o número vai permanecer entre 16% e 18%”, falou Covas.
O prefeito também apresentou as tendências registradas nas primeiras fases do estudo. “70% das crianças são assintomáticas, não apresentam nenhum sintoma, e 25% moram em residências com pessoas com mais de 60 anos de idade, que é o grupo de maior vulnerabilidade desta pandemia”.
Diante das informações obtidas no inquérito, Bruno Covas afirmou que a Prefeitura agiu corretamente ao não permitir o retorno das aulas presenciais na cidade de São Paulo.
Também participaram da coletiva o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, e o secretário municipal de Educação, Bruno Caetano. Assista aqui à coletiva de imprensa na íntegra.
Não concordo com o retorno das aulas, muitas crianças ficam com avós idosos cuidando enquanto seus pais trabalham. A volta as aulas antes da vacina só irá transmitir novos casos