A Câmara Municipal de São Paulo realizou nesta segunda-feira (2/4) a 5ª edição do Prêmio Mulheres de Destaque, ressaltando o protagonismo feminino na sociedade brasileira. O evento coloca evidencia a luta das mulheres na busca por mais reconhecimento e igualdade social.
O vereador Eduardo Tuma (PSDB), que presidiu o evento, disse que “São Paulo tem população de maioria feminina”. Segundo Tuma, “a força das mulheres é fundamental e presente na sociedade, ou seja, elas precisam ser reconhecidas no sentido das igualdades de gênero, social e profissional”.
A ex-atleta Ana Paula Adami, hoje diretora executiva de alto rendimento do Esporte Clube Pinheiros, foi uma das homenageadas. Segundo ela, enquanto estatística, as mulheres ainda ocupam poucos cargos de liderança. “Enquanto houver iniciativas como essa, nós conseguiremos dar ênfase ao empoderamento feminino”.
Já a procuradora de Justiça Maria Fátima Leyser, também homenageada, destaca que as mulheres têm uma posição relevante na sociedade brasileira. Ela afirma que historicamente a mulher sempre foi inferiorizada.
Maria Fátima lembra também sua experiência pessoal e o avanço do protagonismo feminino em sua área de atuação. “Mesmo como membro do MPF-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo), na época em que eu ingressei, em 1985, houve um recorde de mulheres na carreira, com um percentual em torno de 40%”, diz.
No entanto, a própria procuradora diz que “atualmente, no próprio Ministério Público, o índice de aprovação de mulheres é superior a 50%, ou seja, houve um avanço”.
O evento celebrou também as personagens femininas que cumpriram um papel nos diversos segmentos profissionais, marcando o curso da história nacional.
A pintora modernista Tarsila do Amaral, a nadadora brasileira Maria Lenk Zigler, a médica pediatra e sanitarista Zilda Arns, a antropóloga Ruth Cardoso, a ex-tenista Maria Esther Bueno, e Marielle Franco, vereadora carioca assassinada em março, são alguns exemplos relevantes da força feminina. Maria da Penha, que teve uma Lei aprovada com seu nome, para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, também foi lembrada.
