A Câmara entrou com um mandado de segurança para impedir que a Comissão Nacional da Verdade publique seu relatório final sobre a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek sem levar em conta as investigações conduzidas pela Comissão da Verdade do Legislativo Paulistano. A ação judicial foi formalizada nesta quarta-feira (25/6) na 15ª Vara Federal, em Brasília.
Em abril, o colegiado federal divulgou um relatório preliminar no qual afirma que não existem indícios suficientes para sustentar a hipótese de que JK teria sido vítima de um atentado promovido por agentes da Ditadura Militar. Já as investigações dos vereadores paulistanos chegaram à conclusão contrária, publicada em relatório no início deste ano.
Na ação, critica-se a Comissão Nacional por basear suas conclusões nas investigações conduzidas durante a Ditadura. Na época, a polícia culpou o motorista de ônibus Josias Nunes de Oliveira pelo acidente automobilístico que matou o ex-presidente.
Em depoimento à Comissão Municipal, Oliveira relatou ter recebido uma oferta de suborno para assumir a responsabilidade pela colisão. A Comissão Nacional produziu seu relatório sem ouvir diversas testemunhas que depuseram na Câmara Municipal, entre as quais Paulo Oliver, passageiro do ônibus conduzido por Oliveira. Ele, como outros passageiros, afirmou que não houve choque entre o ônibus e o automóvel. (Da Redação)
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(26/06/2014 – 11h03)