Com o objetivo de celebrar o Dia Internacional dos Direitos Humanos e fazer uma reflexão sobre o tema, a Câmara Municipal realizou, nesta quinta-feira (10/12), a 2º Conferência Municipal de Direitos Humanos. A iniciativa da Conferência foi da Comissão Extraordinária de Direitos Humanos, Cidadania, Segurança Pública e Relações Internacionais. “O foco dessa Conferência é ajudar a Câmara Municipal e a população em geral a pensar um pouco mais sobre os Direitos Humanos, para que estes se tornem uma prática. Entender que a pessoa deve ser respeitada pelo fato de ser pessoa” , justificou o vereador Gabriel Chalita ( PSB), presidente da Comissão.
As educadoras Maria Luiza Eluf e Emilia Cipriano falaram da importância de se educar com carinho. Eluf destacou a educação e a saúde como dois eixos importantes dos Direitos Humanos. Ela alertou para as causas da gravidez na adolescência e suas consequências. “Falta cuidado, acolhimento, educação preventiva e prática pública. Sem perspectiva de um futuro melhor as adolescentes continuam engravidando”, disse.
Emilia Cipriano propôs a criação de uma ouvidoria de crianças. “Elas têm muito a nos dizer. A infância que está em nossas mãos vem perdendo a essência. Precisamos aceitar as diferenças e não as desigualdades e este é um desafio para toda sociedade. São Paulo tem que se tornar uma cidade que educa”, enumerou Emilia.
Gisele Alves Corado, moradora do Parque Santa Madalena, em Sapopemba, relatou a situação em que estão as famílias que tiveram de abandonar suas casas por risco de desabamento em decorrência das fortes chuvas recentes. As famílias estão provisoriamente alojadas em uma escola da região. “A situação é crítica e não é de agora. Precisou o barranco descer e pessoas morrerem para que prestassem atenção no que está acontecendo”, protestou ela. Gisele também afirmou que a escola estava suja. E a água e a comida demoraram para chegar até os abrigados.
A secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), Alda Marco Antonio, que também é vice-prefeita justificou a demora do atendimento devido aos estragos causados pela chuva. “A Zona Leste tem água até agora. Não conseguimos comprar os alimentos na região. Houve dificuldade no acesso, por isso a demora. Mas agora já estamos cuidando de tudo para minorar o sofrimento”, afirmou Alda.
Também deram sua contribuição para a Conferência o vereador Ítalo Cardoso (PT), vice-presidente da Comissão; José Gregori, secretário municipal de Direitos Humanos; padre Julio Lancelotti; Eduardo Bittar, professor livre-docente, especialista em Direitos Humanos; Eduardo Dias Souza e Sérgio Shimura, promotores de justiça de São Paulo.
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