Nesta sexta-feira (13/11), mais uma vez jovens puderam exercer por um dia o mandato de vereador pela cidade de São Paulo e vivenciar como decidir os rumos do Município. Registraram presença no painel eletrônico em plenário, elegeram a Mesa Diretora dos trabalhos, representaram suas bancadas e defenderam e votaram seus projetos de lei. A experiência se repetiu em mais uma edição do Parlamento Jovem paulistano. Nesta oitava edição, mais uma vez 55 vereadores mirins, representando seus colégios e divididos em 10 partidos temáticos, foram chamados nominalmente e diplomados pelos vereadores Celso Jatene (PTB), presidente da Comissão Executiva do Parlamento Jovem, Adilson Amadeu (PTB) e pelo ex-vereador Farhat, autor da lei que deu origem à iniciativa.
Antes da eleição da Mesa, foram homenageados ex-presidentes do Parlamento Jovem, como Vinícius Silva Caruso (que dirigiu os trabalhos em 2006) e Jéssica Kayashima (em 2008).
Três chapas disputaram a eleição para a Mesa Diretora. Os vereadores jovens elegeram a Chapa 1, encabeçada por Giovana Scatraglia, do Partido da Educação. Os demais eleitos foram: Marcos Paulo Campos Ferreira da Costa (primeiro vice), Thainá Almeida Gomes (segunda vice), Jâmison Iago Alves da Cruz (primeiro secretário) e Ully Cristina B. Dionísio (segunda secretária).
Um a um, os vereadores jovens foram chamados para ler e apresentar seus projetos de lei, como Anne Gabriele F. de Paula, do Partido da Educação, que institui que jovens de 6 a 17 anos de todas as escolas tenham uma “carga heroica anual, com o objetivo de vivenciar o dia-a-dia” de um portador de deficiência. Os jovens deveriam, depois do horário das aulas, “simular diferentes deficiências.” Os projetos foram votados e aprovados em bloco por bancada temática.
Projetos de vereadores jovens podem ser encampados pela Câmara
O vereador Jatene destacou a qualidade dos projetos apresentados no Parlamento Jovem e ressaltou que eles podem servir de inspiração para propostas futuras dos vereadores “adultos”. “É muito importante que o jovem participe da vida pública e que conheça o que é o Poder Legislativo, que é a sustentação da democracia no nosso país. Tem muitos projetos bons que depois vamos divulgar.”
Entre outros predicados do Parlamento Jovem, o vereador Amadeu salientou a participação feminina maciça entre os eleitos de 2009. “São 31 mulheres participando hoje da 8ª edição do Parlamento Jovem. E queria ressaltar o brilhantismo do projeto do sempre vereador Farhat, amigo dessa Casa. Nós temos hoje um trânsito horrível em São Paulo. Chamou-me atenção que jovens já vêm com projetos nessa área para tentar dar uma solução. O prefeito Gilberto Kassab deveria analisar esses projetos. Queria parabenizar também os pais e a diretoria das escolas.”
Presidente do Parlamento Jovem em 2006, Vinícius Silva Cardoso se deixou contagiar de vez pela vocação política e atualmente é coordenador de Transportes da Juventude do PSDB e diretor do Grêmio Estudantil da sua escola, o Colégio Elias Zarzur.
“A experiência foi muito gratificante e o começo para que depois eu atuasse politicamente no PSDB. Hoje, eu sentado no Plenário, deu uma saudade…mas agora é a vez deles”, confessa.
Presidência
Já Giovana Scatraglia, 14 anos, presidente do Parlamento nesta edição e aluna do Colégio Mater Amabilis, não se declara tão simpatizante da vida política nem pretende prosseguir na vida pública, embora seja sempre lembrada por seus colegas de sala como uma liderança. “Estou gostando bastante da experiência e também de representar a minha chapa. Está meio difícil me adaptar com a presidência, mas a assessora e meus colegas de chapa estão me ajudando”, admite.
Após o almoço, no Térreo do Palácio Anchieta, os trabalhos do Parlamento Jovem foram retomados, com discussão e votação dos projetos dos jovens parlamentares paulistanos.
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