Diversos movimentos sociais e sindicatos estiveram na Câmara Municipal nesta quinta-feira (6/4) para o lançamento da Frente Povo sem Medo no município de São Paulo. O objetivo do coletivo é discutir as pautas socais e trabalhistas na capital paulista.
“É uma Frente de movimentos sociais que existe em todo país e vem travando uma série de lutas em defesa do povo. As pautas populares têm sido atacadas pelos governos e estamos nos organizando para defendê-las”, disse o representante do MTST (Movimento Trabalhadores Sem Terra) e integrante da Frente, Moises Ribeiro.
Um dos objetivos da Frente no município é discutir o Plano de Desestatização apresentado pela Prefeitura de São Paulo. O Executivo pretende promover 55 lotes de privatizações, concessões e PPPs (Parcerias Público Privadas). Entre os principais projetos estão à gestão do Bilhete Único, a concessão do Estádio do Pacaembu, a venda do Autódromo de Interlagos e do Anhembi.
Segundo o prefeito João Doria, o Plano de Desestatização pode render mais de R$ 7 bilhões para a cidade de São Paulo, que devem ir para a educação, saúde, habitação, transportes, serviços e obras.
“Essas privatizações significam a precarização dos serviços públicos. De um lado o prefeito sabe que tem uma dívida ativa do município que gira em trilhões e que não esta sendo cobrada dos grandes empresários. E do outro lado está dando os serviços para a iniciativa privada, ou seja, dizer que não tem dinheiro para manter os serviços não é verdade. É preciso cobrar essa dívida para continuar garantindo o direito dos serviços para a população”, disse a vereadora Isa Penna (PSOL), que presidiu a reunião.
O encontro também foi acompanhado pela vereadora Juliana Cardoso (PT).