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Câmara recebe secretário municipal da Saúde em reunião de líderes e debate pauta do plenário

Por: MARCO CALEJO
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16 de junho de 2020 - 16:40
Afonso Braga | REDE CÂMARA

Reunião do Colégio de Líderes desta terça-feira (16/6)

O Colégio de Líderes desta terça-feira (16/6) contou com a participação do secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido. Durante a reunião, as lideranças partidárias também discutiram a pauta do Legislativo paulistano para os próximos dias.

Atividades legislativas

Para a Sessão Plenária convocada para esta quarta-feira (17/6), o presidente da Casa, vereador Eduardo Tuma (PSDB), disse que o PL (Projeto de Lei) que prorroga o prazo para o contribuinte solicitar o Certificado de Regularização Imobiliária para 31 de março de 2021 estará na pauta de votação.

Tuma informou ainda que projetos propostos pelos próprios vereadores serão apreciados em primeiro turno. “Amanhã nós temos a prorrogação (do prazo) da Lei de Regularização Imobiliária, que será o primeiro item da pauta, e também os projetos dos vereadores em primeira discussão”.

Em relação aos trabalhos do plenário para a próxima semana, o presidente da Casa informou que as sessões voltam a ser realizadas tradicionalmente às terças, quartas e quintas-feiras.

Líderes do governo e da oposição

Líder do governo na Câmara, o vereador Fabio Riva (PSDB) demonstrou intenção em retomar a discussão, na sessão da próxima quarta-feira (24/6), do PL 749/2019, do Executivo, que propõe a reforma da administração pública municipal indireta. O projeto foi aprovado em primeira votação em 5 de fevereiro deste ano. “É um projeto importante, principalmente para este momento. É o enxugamento da máquina pública”.

Em relação à proposta de reiniciar a discussão do PL, o líder da bancada do PT na Casa, vereador Alfredinho (PT), disse que será preciso analisar o projeto. “Nós temos que olhar e debater esse projeto da reforma administrativa. Temos que avaliar bem para saber do que se trata”.

Secretário da Saúde da capital paulista

Por meio de videoconferência, o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, participou do Colégio de Líderes. Ele apresentou um balanço da pasta sobre os trabalhos de enfrentamento à Covid-19 na cidade de São Paulo.

Combate ao coronavírus

De acordo com o secretário, a Prefeitura de São Paulo iniciou as ações de combate ao coronavírus em 10 de janeiro, um dia após a Organização Mundial da Saúde comunicar a existência de um vírus. “Estamos completando hoje (16/6) cinco meses e seis dias de ações da secretaria municipal da Saúde. Mais do que isso, de ações do conjunto do governo (da capital) ”.

Números de contaminados

Até a última segunda-feira (15/5), segundo o chefe da pasta, a cidade de São Paulo contabilizou 100.627 casos de Covid-19 e 5.474 óbitos confirmados. “No início da pandemia fizemos um estudo em que a gente imaginava ter na cidade entre 120 mil e 150 mil pessoas contaminadas. Em função desse número inicial, nós fizemos toda a programação da secretaria”.

Estrutura

Edson Aparecido falou sobre a estrutura preparada pelo Executivo para atender os pacientes com Covid-19. De acordo com o secretário, foram montados 1.239 leitos de UTI e quase três mil novos leitos de enfermaria.

Segundo ainda o chefe da pasta, dos 19 hospitais municipais, 11 foram destinados exclusivamente para tratamento do coronavírus. Edson disse ainda que a Prefeitura inaugurou cinco novas unidades hospitalares em definitivo na cidade.

“Implantamos o Parelheiros, abrimos Brasilândia, o hospital da Guarapiranga, o da Bela Vista e o atendimento de Covi-19 na Capela do Socorro, que vai se transformar em um hospital de 100 leitos. E vamos abrir nos próximos 15 dias os 60 leitos do Hospital Sorocabana e mais 120 leitos em uma unidade nossa, da secretaria, na (Avenida) Brigadeiro Luís Antônio. Vamos sair dessa pandemia com sete hospitais novos, definitivos”.

Profissionais de saúde e tomógrafos

Edson também falou sobre a contratação de novos profissionais e da aquisição de tomógrafos. “Contratamos até agora 9.191 profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros e demais profissionais. Com emendas, sobretudo emendas federais, nós adquirimos 26 tomógrafos novos. Praticamente trocamos todos os antigos respiradores”.

Hospitais de campanha do Anhembi e do Pacaembu

Até o momento, o chefe da pasta disse que passaram pelos dois hospitais de campanha instalados na capital (Anhembi e Pacaembu) aproximadamente 4.830 pessoas. “Imagina 4.800 pessoas batendo na porta dos nossos hospitais querendo um leito de enfermaria ou um leito de UTI. Foi absolutamente imprescindível esse instrumento, que tirou a pressão da porta dos hospitais”.

Profissionais da saúde

De acordo com Edson Aparecido, 4.793 profissionais da saúde foram afastados das atividades. “2.089 por Covid-19, 2.679 profissionais afastados com síndrome gripal e tivemos 25 profissionais que foram à óbito. Todos esses 25 praticamente não trabalhavam só na Prefeitura de São Paulo”.

Taxa de ocupação e estabilidade de casos

O secretário falou ainda sobre a taxa de ocupação dos leitos instalados na capital paulista e qual o cenário atual. “Até a tarde de ontem (15), desses leitos implantados, tivemos 59% da taxa de ocupação em leitos de UTI. De 1° de junho a 15 de junho, os números são estáveis e decrescentes. Tanto na questão das internações, como também na taxa de ocupação de leitos de UTI e na taxa de ocupação de leitos da enfermaria”.

Edson disse que entre o fim do mês de abril e o início de maio, a taxa de ocupação dos leitos de UTI chegou a 94%.

Testes de Covid-19

Em relação ao número de testes realizados na capital, o chefe da pasta informou que foram feitos cerca de 300 mil. “Comparativamente a todo Brasil, é quase que 12 vezes mais do que se testou no país o que testou em São Paulo”.

De acordo com o secretário, 40 mil profissionais da saúde já foram testados e a meta é testar ainda os outros 50 mil servidores da área. Segundo ainda Edson, além dos mais de 100 mil pacientes confirmados com Covid-19, a Prefeitura testou todas as comunidades indígenas. “Não tivemos um óbito sequer. Aliás, salvamos uma índia de 107 anos da aldeia de Parelheiros”.

Recursos utilizados

O secretário municipal da Saúde disse que até agora foram investidos R$ 690,577 milhões no combate ao coronavírus. “Na implantação de hospitais, na contratação de profissionais, na compra de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) ”.

Pacientes curados

Edson destacou o número estimado de pessoas curadas da Covid-19 na capital paulista. “Os nossos técnicos acreditam o sistema de saúde da cidade de São Paulo salvou algo em trono de 65 mil pessoas nestes cinco meses”.

Reabertura econômica e agradecimento à Câmara

Sobre a retomada gradual das atividades, Edson ressaltou a importância de manter todos os cuidados necessários. “São três pilares fundamentais. O distanciamento social, a higiene, a sanitização dos ambientes e a comunicação”.

Por fim, o secretário agradeceu o apoio da Câmara no enfrentamento da Covid-19. “Quero aqui, mais uma vez, agradecer toda a ajuda da Câmara, a Comissão da Saúde, e os vereadores que ajudaram”.

Assista aqui ao Colégio de Líderes desta terça-feira.

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