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Câmara Remoto: O desafio das redes sociais em épocas de isolamento social

Por: DANIEL MONTEIRO
HOME OFFICE

27 de março de 2020 - 11:37

O sociólogo e teórico da comunicação Manuel Castells é considerado, atualmente, um dos principais estudiosos do impacto da internet na sociedade, com ênfase na importância das redes sociais nos processos de participação coletiva em diferentes esferas de poder, como a política e a econômica.

Antes mesmo da ascensão das redes sociais, Manuel Castells já era um grande entusiasta do papel fundamental que elas viriam a adquirir na organização dos meios digitais e na transformação do mundo. Papel esse que, hoje, pode ser comprovado pela relevância que as redes sociais adquiriram numa sociedade hiperconectada como a nossa.

Devido a essa importância, cada vez mais empresas e órgãos públicos têm se dedicado à comunicação através das redes sociais. Essa realidade não é diferente na Rede Câmara de Comunicação, que possui um núcleo dedicado exclusivamente para a produção de conteúdo desse meio.

Mas, se o cerne das redes sociais é a conexão entre pessoas, órgãos públicos e entidades, como a Rede Câmara tem feito para manter essa relação e criar conteúdo durante a quarentena?

Eu quis entender um pouco mais sobre esse processo de criação em isolamento social e conversei com dois analistas de mídias sociais da Rede Câmara que estão trabalhando remotamente.

Gabriel

Formado em Rádio, TV e Internet, o analista Gabriel Couto está acostumado com a rotina de home office. Ele, inclusive, é um defensor dessa modalidade de trabalho. “Ano passado trabalhei numa startup de marketing digital que incentivava o home office semanal aos funcionários, além de já ter atuado em outras ocasiões. Sou super a favor. Não entendo o home office como uma forma de fuga do trabalho, pelo contrário, acho que o tempo pode ser mais bem aproveitado em casa”, comenta.

ADAPTAÇÕES PARA O HOME OFFICE

Após ter mudado recentemente de casa, a maior dificuldade citada por Gabriel é a falta de um espaço adequado de trabalho. “Como não havia a previsão de home office na Câmara, não havia me preocupado em montar uma estrutura, um escritório para trabalhar em casa. Então, com essa situação, tive que correr atrás para montar uma estrutura para conseguir tocar meu trabalho daqui de casa”, aponta.

Sobre o processo de produção de conteúdo em home office, ele destaca, entre outros benefícios, que esta modalidade de trabalho é uma grande possibilidade de aumento de qualidade na produtividade dos funcionários. ”No meu caso, por exemplo, acho um ambiente mais tranquilo, que favorece a concentração para produzir”, reforça o analista.

O PESO DAS REDES SOCIAIS

Nesse momento de quarentena, Gabriel exalta as redes sociais como importante meio de informar a sociedade. “Depois da televisão, que ainda tem maior alcance para todas as parcelas da população, as redes sociais são as principais fontes de informação. Não apenas na questão do Legislativo, do Executivo ou dos órgãos oficiais, mas no sentido geral. As pessoas estão mais conectadas e mais próximas da internet, da comunicação multimídia existente. Por isso elas são tão importantes”, explica o analista.

Em relação ao conteúdo que chega à população pelas redes sociais, Gabriel reforça o pedido de que as informações sejam checadas antes de serem compartilhadas. “Evitem ao máximo compartilhar coisas que não tenham a fonte segura. Por favor, não disseminem fake news por aí, porque são informações que só atrapalharão nesse momento”, ressalta.

Giovanna

Assim como Gabriel, minha segunda entrevistada, a analista de mídias sociais Giovanna Prado, é adepta do home office. Formada em jornalismo, ela explica que tem familiaridade com essa modalidade de trabalho. “Em outras empresas trabalhei por home office. Além disso, trabalhei de casa pelo menos duas vezes na semana durante 2 anos, quando estava desenvolvendo um projeto de criação de um centro cultural. Por isso já tenho estrutura para isso, um escritório onde eu coloco minhas coisas e consigo me organizar. Também já tenho uma rotina, então essa mudança não me impactou tanto”, afirma.

DESAFIOS DE PRODUZIR À DISTÂNCIA

Apesar disso, Giovanna comenta que o home office traz algumas dificuldades na produção de conteúdo para as redes sociais da Câmara. “Além de não ter acesso a todas as ferramentas que eu teria na redação, eu sinto falta do contato humano, aquela coisa de cutucar a pessoa do lado e pedir opinião, e vice-versa. Esse envolvimento que, por mais que as redes sociais ajudem, não é a mesma coisa. Isso também impacta no trabalho criativo, porque o exercício de sair de casa, dialogar com as pessoas, ver o que está acontecendo na rua desperta nossa criatividade”, lamenta.

“Por exemplo, quando fazemos cobertura de uma audiência pública, temos a população toda ali, ouvimos o que a população está falando, tiramos fotos, gravamos vídeos, ouvimos a opinião deles sobre um determinado assunto. Nesse aspecto, o conteúdo das redes sociais perde um pouco”, complementa a analista.

IMPORTÂNCIA DAS REDES E A PARTICIPAÇÃO POPULAR

Ao mesmo tempo, Giovanna elogia o resultado do esforço protagonizado pelas redes sociais da Câmara. “Em alguns temas, como a Regularização Imobiliária, por exemplo, podemos ver que as pessoas estão tendo mais interesse de visitar as páginas dos órgãos públicos. Isso é divino, pois estamos recebendo muitas mensagens, muita interação”, salienta.

Por fim, Giovanna destaca a responsabilidade das redes sociais na comunicação direta com a população. “Com todo mundo dentro de casa, as informações compartilhadas nas redes sociais ganham maior importância. E essa é uma grande responsabilidade que temos sobre aquilo que é postado. Talvez seja o momento de entendermos a importância de todo mundo se responsabilizar pela informação que se propaga”, finaliza.

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