O distrito de Cidade Tiradentes, na zona leste da capital paulista, concentra cerca de 40 mil unidades habitacionais e tem uma população, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de mais de 211 mil habitantes. Os principais gargalos dessa subprefeitura serão discutidos neste sábado (25/4) durante a sessão pública do Câmara no Seu Bairro – projeto realizado pelo legislativo paulistano com o objetivo de aproximar o cidadão dos vereadores.
A construção do maior complexo de conjunto habitacionais de São Paulo iniciou-se na década de 80 e a maioria das unidades foi feita pela Cohab (Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo), pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) e por empreiteiras. As terras adquiridas pelo poder público para a instalação dessas casas eram formadas por eucaliptos e trechos da Mata Atlântica, conhecida como Fazenda Santa Etelvina – inclusive um dos bairros de Cidades Tiradentes leva esse nome.
No entanto, além do grande número de habitações regulares, Cidade Tiradentes também é formada por favelas e por loteamentos clandestinos e irregulares. Essa “Cidade Informal” é consequência das lacunas deixadas na construção dos prédios da Cohab, ocupação nas bordas dos conjuntos e também da expansão urbana.
O bairro foi planejado como um grande conjunto periférico e passou a ser um bairro-dormitório pela falta de empregos na região. A maioria da população local de Cidade Tiradentes foi para a região em busca da casa própria, mas a falta de infraestrutura adequada para necessidades básicas levam as pessoas a gastarem muito tempo no deslocamento diário. O tempo estimado de viagem da região até o centro é de mais de uma hora e meia.
As principais vias que ligam o distrito a outras regiões são a estrada do Iguatemi, as avenidas dos Metalúrgicos, dos Têxteis, Inácio Monteiro e Sara Kubitschek. A região conta com 25 linhas de ônibus, sendo que os principais destinos são os terminais Parque Dom Pedro II, São Mateus, estações do metrô e da CPTM.