Reivindicações comuns em regiões mais afastadas dos grandes centros, o fomento às atividades culturais e esportivas são bandeiras de um grupo de pessoas moradoras das comunidades da Portelinha e Viela 18 que foram ao CEU Campo Limpo neste sábado, durante a primeira edição do Câmara no Seu Bairro, para conversar com os vereadores.
“Nós não somos uma instituição formalizada ainda, mas lutamos desde sempre pelo bem estar das pessoas e nossas ações transcendem, sem dúvida, uma associação. Por isso, viemos até o CEU nesta manhã pra conversar com os vereadores e apresentar as demandas do nosso povo”, explicou Paulo Rodrigues Lima.
Identificados de longe por uma camiseta padrão com os nomes das comunidades, Rodrigues contou sobre o projeto Cine Viela, que existe no local sem incentivos públicos. “Nós estamos tentando criar espaços de convivência e já conseguimos o Cine Viela, que consiste na projeção de vídeos infantis, são cerca de 100 crianças que assistem, sem falar nos pais que acompanham”, explicou.
Tema polêmico e recorrente na cidade, o som alto dos pancadões foi substituído por um som coletivo de interação e diversificação musical na comunidade e que acontece com o aval dos próprios moradores.
“Nós tivemos um diálogo com quem realizava os pancadões e transformamos o espaço utilizado por eles, ou seja, a rua, em uma ação coletiva e com regras, que não é mais alvo de intervenção da polícia”, afirmou. A ‘rua de lazer’, que consiste na interdição da via aos domingos, foi negada pela prefeitura, de acordo com o grupo.
“Todas as vezes tentamos a interdição do local (Rua Januário da Cunha Barbosa) e em algumas oportunidades é interditada, outras não”, lamentou o Rodrigues, que também é conselheiro municipal.
Outro lado
Na contramão do que acontece na Portelinha e Viela 18, Marta Pinto não aguenta mais o barulho alto que vem do som dos automóveis que estacionam à Rua Manoel Pedro de Almeida, no Jardim Elga, todos os finais de semana.
“Não dá nem pra receber uma visita porque a casa treme, tamanho o barulho que vem dos pancadões. Eu acho que uma pessoa do bem não perturba o descanso de outras pessoas. Eu vi na internet que existe lei pra coibir isso e o poder público tem que fazer valer, porque você liga para a polícia e o mundo cai e ninguém te atende”, desabafou.
O vereador Conte Lopes (PTB), que concordou com Marta, lamentou que seu projeto sobre o tema tenha sido vetado pelo prefeito e alertou para o pouco tempo de funcionamento do distrito policial da região.
“Me falava uma pessoa que esteve aqui, que a 37ª delegacia, aqui do Campo Limpo, só funciona 12 horas. No meu tempo delegacia sempre funcionou 24 horas, porque delegacia é que nem hospital, o cidadão precisa e vai lá. No Morumbi funciona 24 horas”, ironizou o parlamentar.
Importante a matéria principalmente,, mas no entanto precisamos q os vereadores presentes na primeira edição da câmara no seu bairro, seja presente realmente, vendo as demandas de perto e construir junto da população as soluções necessárias , para construir uma sociedade mais justa….