Luciana Camargo
Sábado (29/6) foi dia de ouvir os problemas observados pela população da subprefeitura da Capela do Socorro, que compreende os distritos de Socorro, Grajaú e Cidade Dutra. A região da Zona Sul de São Paulo possui cerca de 700 mil habitantes, e os participantes da oficina propositiva do Plano Diretor lamentaram que pouca gente compareceu.
O líder comunitário Aloísio Ferreira Lopes, por exemplo, disse que não se vê muito interesse da comunidade no debate. Para ele, a região enfrenta muitos problemas de mobilidade urbana. Aqui andam até dez linhas de ônibus pela mesma pista, e em alguns bairros a pessoa anda três ou quatro quilômetros para pegar ônibus, eu acho isso absurdo, disse. Os pontos de ônibus ainda estão na condição que a CMTC (Companhia Municipal de Transportes Coletivos, extinta em 1997), quando existia aqui, deixou, completou.
Lebos Chaguri, vice-presidente do Cades (Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável) de Capela do Socorro, indicou outras áreas que podem ter melhorias com mudanças no Plano Diretor Estratégico. Além de transporte, ele acredita que Habitação e Meio Ambiente precisam de novas diretrizes.
O território de Capela do Socorro é, em boa parte, uma região de manancial, com muitas ocupações irregulares. Apenas em áreas de risco, são 47. Para a subprefeita Cleide Pandolfi, esses pontos precisam de um rumo mais específico com o novo Plano Diretor.