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Capital já aplicou 13,5 milhões de doses de vacinas contra Covid-19

Por: KAMILA MARINHO - HOME OFFICE

24 de agosto de 2021 - 17:47

A Secretaria Municipal da Saúde informou nesta terça-feira (24/8), que já aplicou 13,5 milhões de doses dos imunizantes contra Covid-19 durante a campanha de vacinação na capital. Desse total, 9,14 milhões são de primeira dose e 4,12 milhões de segunda dose. Um total de 319.977 de pessoas foram imunizadas com a vacina com dose única.

Nesta terça-feira (24/8), continua a vacinação contra a Covid-19 prioritária para adolescentes de 12 a 15 anos com deficiência permanente (física, sensorial ou intelectual), comorbidades, gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto). A secretaria espera imunizar 92 mil jovens. Até o momento, o único imunizante autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para menores de idade é o da Pfizer.

Os postos da capital estão aplicando a segunda dose nos munícipes elegíveis. Para receber a vacina é necessário apresentar documentos de identificação e o comprovante de vacinação da primeira dose.

Documentação e pré-cadastro

É obrigatório apresentar documentos pessoais no ato da vacinação, preferencialmente CPF (Cadastro de Pessoas Físicas) e cartão do SUS (Sistema Único de Saúde), e um comprovante de endereço da cidade de São Paulo, de forma física ou digital, em nome dos pais ou responsável.

O adolescente deve estar acompanhado pelos pais ou responsável para receber o imunizante. Caso não seja possível, é preciso que um adulto o acompanhe e apresente uma autorização assinada pelo responsável.

Jovens com deficiência permanente devem apresentar um comprovante, podendo ser um laudo médico que indique a deficiência, cartão de gratuidade no transporte público indicando deficiência, documentos comprobatórios de atendimento em centros de reabilitação ou unidades especializadas no atendimento de pessoas com deficiência ou documento oficial de identidade com a indicação da deficiência.

Quem tem comorbidades deve levar um comprovante de condição de risco, como receitas, relatórios médicos em formato impresso ou digital e demais documentos com identificação do paciente, número de inscrição do médico no CRM (Conselho Regional de Medicina) e emitido há no máximo dois anos.

O site De Olho na Fila mostra a movimentação de pessoas nos postos de vacinação, auxiliando a escolher o melhor horário para ir até o local e evitar aglomerações no serviço de saúde. Além disso, para agilizar o tempo de atendimento, é recomendado fazer o pré-cadastro no site Vacina Já. Todos os endereços e os detalhes sobre a vacinação contra a Covid-19 podem ser acessados na página Vacina Sampa.

Mais sobre o novo coronavírus 1

De acordo com o boletim diário mais recente publicado pela Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, nesta terça-feira (24/8), a capital paulista totalizava 36.780 vítimas da Covid-19. Havia, ainda, 1.402.877 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.

Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde, os dados mais recentes mostram que a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na região metropolitana de São Paulo, nesta terça (24/8), é de 37,2%.

Já nesta segunda (23/8), o índice de isolamento social na cidade de São Paulo foi de 37 %. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.

A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

Mais sobre o novo coronavírus 2

Quando uma pessoa toma um medicamento, como uma vacina, e tem uma reação indesejada, essa consequência é chamada na medicina e pelas autoridades sanitárias de “eventos adversos”. Nesses casos, a orientação é comunicar o episódio à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

A notificação precisa ser feita mesmo se não houver suspeita de que o desconforto foi provocado pelo medicamento. De acordo com a Anvisa, a subnotificação pode retardar a identificação de sinais de risco e subestimar a dimensão de um problema.

Segundo a gerente de Farmacovigilância da agência, Helaine Capucho, o monitoramento feito pela Anvisa é importante para avaliar se a reação a um produto está aumentando e se há problemas associados a ele. A subnotificação pode retardar a identificação de sinais de risco e subestimar a dimensão de um problema.

“A notificação é importante para que possamos conhecer o perfil de benefício e risco dos produtos, porque todo produto tem um risco na utilização. Então, precisamos [da notificação] quando o produto está no mercado e os benefícios continua superando os riscos”, explica Helaine.

A comunicação pode ser feita por meio do site da Anvisa, pelo sistema Vigimed e Notivisa. Ali, há possibilidade de relatar problemas em diversos produtos, entre eles medicamentos e vacinas. As notificações podem ser feitas por médicos e outros profissionais de saúde, além de farmacêuticos e usuários dos medicamentos.

A Anvisa disponibiliza também um número de telefone caso haja dificuldade para enviar a notificação pelo site: 0800 642 9782.

Mais sobre o novo coronavírus 3

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) atualizou nesta terça (23/8) suas recomendações para prevenir a Covid-19 no retorno às aulas presenciais e destacou que a vacinação dos adolescentes deve ser uma das medidas buscadas para aumentar a segurança nas escolas em meio à pandemia.

Elaborado por um grupo de trabalho coordenado pela vice-presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz, documento divulgado hoje avalia que “a implementação da vacinação para adolescentes pode reduzir significativamente o fechamento prolongado de turmas, escolas e interrupções de aprendizagem e lentamente permitir o relaxamento das medidas de proteção na escola”.

Para os pesquisadores, “não há razão para acreditar que as vacinas não devam ser igualmente protetoras contra a Covid-19 em adolescentes como são em adultos e em conjunto com as medidas de distanciamento e uso de máscaras propiciem um retorno às aulas ainda mais seguro”.

A vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos já ocorre em algumas cidades do Brasil, conforme é concluída a vacinação da população adulta com a primeira dose. Até o momento, somente a vacina da Pfizer é autorizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para essa população, já que não há estudos reconhecidos pela agência sobre o uso dos outros imunizantes em menores de idade.

A Fiocruz afirma que é fundamental que a vigilância para faixas etárias mais jovens e nas unidades escolares, como um todo, seja reforçada, já que essa população ainda tem acesso limitado às vacinas.

Outro alerta é em relação à variante Delta, cuja transmissibilidade é maior que a da cepa inicial do SARS-CoV-2. “É importante ressaltar que o aumento da transmissibilidade em todas as faixas etárias foi relatado para as variantes de preocupação (Vocs) do SARS-CoV-2, mais notavelmente para a variante Delta. Em regiões onde uma porcentagem crescente de adultos está totalmente vacinada contra Covid-19, mas onde as crianças não são vacinadas, pode-se antecipar que, nos próximos meses, proporções cada vez maiores de casos da doença relatados ocorrerão entre crianças”.

O guia com as recomendações da Fiocruz indica que os principais cuidados são manter ambientes ventilados, usar máscaras de eficácia comprovada, manter distanciamento físico de pelo menos 1,5 metro, definir estratégias para monitoramento de casos e rastreio de contatos e promover uma higienização contínua das mãos. A fundação também defende que a situação vacinal dos trabalhadores da comunidade escolar seja monitorada e que haja número máximo de ocupantes nos ambientes.

O texto sugere protocolos para lidar com o surgimento de casos de Covid-19 nas escolas. Quando dois ou mais alunos que convivem em uma mesma sala de aula tiverem casos confirmados simultaneamente, é necessário suspender as aulas da turma por 14 dias. Já quando casos simultâneos forem registrados em turmas diferentes, deve-se suspender as aulas presenciais por 14 dias nos dias da semana em que aquelas turmas têm aula. Além disso, todos os contatos próximos devem ser monitorados.

Pessoas com casos sintomáticos respiratórios não devem frequentar a escola de forma presencial. Tal quadro pode ser descrito com ao menos dois dos seguintes sintomas: febre (mesmo que referida), calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, distúrbios olfativos ou distúrbios gustativos. Em crianças, além dos itens anteriores, considera-se também obstrução nasal, na ausência de outro diagnóstico específico.

Segundo a Fiocruz, “a abertura de escolas geralmente não aumenta de forma significativa a transmissão na comunidade, especialmente quando as orientações delineadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) são seguidas”. Além disso, a fundação afirma que “o risco de afastamento dos menores de 18 anos de suas atividades normais como escola e eventos sociais pode se revelar um risco maior do que o da própria SARS-CoV-2 para eles”.

O documento traz dados do Ministério da Saúde que indicavam que, até o início de agosto, as crianças e os adolescentes correspondiam a aproximadamente 1,5% das hospitalizações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Brasil (14.011 casos) e a 0,3% dos óbitos por SRAG em que a Covid-19 foi confirmada (1.057 óbitos).

O estudo da Fiocruz também elenca os principais indicadores que devem ser observados para que haja um retorno seguro às aulas presenciais. O primeiro deles é a taxa de contágio (R), que deve ser menor do que 1,0. Isso significa que cada caso de Covid-19 infecta, em média, mais de uma pessoa. Dessa forma, o ritmo de novos casos não representa um agravamento da pandemia.

Outro dado importante é a ocupação dos leitos de terapia intensiva para Covid-19, que são necessários para tratar casos graves da doença. Para o retorno seguro, a Fiocruz recomenda que 25% desses leitos estejam livres.

O terceiro indicador trata dos novos casos registrados em uma localidade. O retorno seguro às aulas presenciais pode ocorrer quando novos diagnósticos não superem a proporção de nove casos para cada 100 mil habitantes nos últimos sete dias.

Por fim, a fundação pede que seja observada a taxa de testes diagnósticos (RT-PCR ou antígeno) positivos, recomendando que esse percentual não seja superior a 5%. Apesar disso, a pesquisa pondera que, no Brasil a média de positividade nos testes diagnósticos gira em torno de 35%. “Isso pode significar que os exames estão sendo realizados em sintomáticos moderados ou graves que procuram os serviços de saúde, mas também um elevado risco de transmissão local”.

*Ouça aqui a versão podcast do boletim Coronavírus desta terça-feira

*Este conteúdo e outros conteúdos especiais podem ser conferidos no hotsite Coronavírus

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