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Capital paulista mantém uso de máscara e libera distanciamento mínimo em escolas, cinemas e teatros

Por: KAMILA MARINHO - HOME OFFICE

14 de outubro de 2021 - 18:59

Em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (14/10), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) anunciou que a cidade de São Paulo vai manter a obrigatoriedade do uso de máscara em locais públicos abertos e fechados. A decisão foi baseada em um estudo feito pela Secretaria Municipal de Saúde.

Segundo Nunes, no próximo dia 10/11, data prevista para que 100% da população atinja o esquema vacinação completo, será feito um novo estudo. Dependendo do resultado, serão anunciadas novas medidas com menos restrições.

A Prefeitura fez o rastreamento e monitoramento de 2,3 mil casos confirmados de Covid-19 e observou a transmissibilidade da doença a partir dos contatos dessas pessoas. A partir da taxa de contágio, a recomendação foi de manter as medidas contra a disseminação do vírus, como o uso de máscaras.

Distanciamento

A partir desta sexta (15/10), será liberada a necessidade de espaçamento de um metro entre cadeiras em cinemas e teatros na capital. Com a decisão, poderão ser ocupados todos os lugares e cadeiras nesses ambientes. A Prefeitura de São Paulo recomenda que seja solicitado o comprovante de vacinação contra a Covid-19, com ao menos uma dose. Essa exigência é obrigatória para eventos que reúnam mais de 500 pessoas.

A necessidade de espaçamento também deixou de valer para escolas, com validade a partir do próximo dia 25 de outubro. Nunes destacou, entretanto, que os estudos que embasaram a dispensa do distanciamento mostram que ainda é necessário o uso de máscaras mesmo ao ar livre.

Vacinação

Durante a coletiva, o prefeito comparou os dados da imunização contra o novo coronavírus na cidade de São Paulo, que superam os de outras grandes capitais, como Nova York, Londres e Berlim. Segundo Nunes, atualmente receberam as duas doses ou dose única das vacinas contra a doença, 78,8% da população acima de 12 anos de idade e 86,1% das pessoas adultas (com mais de 18 anos).

Aulas presenciais

Com o fim da necessidade de distanciamento, as escolas voltarão a funcionar normalmente a partir do dia 25, com os estudantes frequentando as aulas todos os dias. “Não haverá mais rodízio nas escolas municipais. Todos os alunos podem ser atendidos todos os dias”, ressaltou o secretário municipal de Educação, Fernando Padula.

As famílias podem, no entanto, optar por não enviar os jovens para a escola. Para isso, é necessário assinar um termo de responsabilidade, se comprometer a retirar as atividades impressas na escola e que os estudantes assistam aos vídeos disponibilizados pela secretaria.

A coordenadora do núcleo epidemiológico da Vigilância Sanitária municipal, Paula Bisordi, disse que desde a volta às aulas, em abril, os estabelecimentos de ensino passaram por diversos surtos de síndrome gripal respiratória. Em toda a cidade, foram 2.074 surtos, sendo que 80% em unidades escolares. Do total de surtos, 70% foram confirmados como causados pela Covid-19.

Nas escolas, os surtos causaram 13,2 mil casos de adoecimento, mais de 60% em adultos entre 20 e 69 anos. As crianças com idade entre 1 e 4 anos responderam por 21,3% dos casos. Bisordi afirmou que, no momento, a situação nas escolas em relação à transmissão da Covid-19 está controlada. “Atualmente, nós não vemos tendência de aumento desses surtos em unidades escolares”, disse.

Mais sobre o novo coronavírus 1

De acordo com o boletim diário mais recente publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, até esta quarta (13/10), a capital paulista totalizava 38.489 vítimas da Covid-19. Havia, ainda, 1.528.028 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.

Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde, os dados mais recentes mostram que a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na região metropolitana de São Paulo, nesta quinta (14/10), é de 36,1%.

Já nesta quarta (13/10), o índice de isolamento social na cidade de São Paulo foi de 38%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.

A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

Mais sobre o novo coronavírus 2

Chegou ao Brasil nesta quinta (14/10), mais uma remessa de vacinas da Pfizer contra Covid-19. O lote de hoje é de 912,6 mil doses. Até domingo, chegam ao país mais 9.128.512 doses.

As entregas são parte do segundo contrato entre a Pfizer e governo federal, assinado em 14 de maio, que prevê mais 100 milhões de doses de vacinas entre outubro e dezembro. O primeiro lote desse contrato chegou ao Brasil no último sábado (9/10), com 1.989.000 doses.

A tecnologia de fabricação da Pfizer consiste na injeção de parte do código genético do novo coronavírus para que o organismo humano seja capaz de identificar o vetor em caso de contaminação.

Segundo o Ministério da Saúde, desde o início da campanha, em janeiro de 2021, já foram distribuídas mais de 94 milhões de doses da Pfizer. Antes de serem distribuídas, as vacinas passam por um rigoroso controle de qualidade para que cheguem com segurança aos braços dos brasileiros.

A Câmara durante a pandemia

Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher da Câmara Municipal de São Paulo aprovou, em reunião ordinária nesta quinta-feira (14/10), a realização de uma Audiência Pública com o tema “Passaporte Sanitário na Cidade de São Paulo”. O debate, que ainda não tem data definida, atende requerimento de autoria do vereador Rinaldi Digilio (PSL) em nome da vereadora Sonaira Fernandes (REPUBLICANOS), proponente da audiência.

Em depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Prevent Senior, nesta quinta-feira (14/10), Luiz Artur Vieira Caldeira, coordenador da Covisa (Vigilância Sanitária), detalhou as ações do órgão – vinculado à Secretaria Municipal da Saúde – ao longo da pandemia de Covid-19 e abordou as medidas administrativas tomadas em relação às unidades hospitalares da rede Prevent Senior na cidade de São Paulo.

Instalada no último 10 de outubro, a CPI busca analisar a atuação da Prevent Senior na capital paulista e apurar denúncias de possível subnotificação do número de casos de contaminação e de óbitos por Covid-19 por parte da operadora de saúde. Uma das suspeitas é de que, para diminuir a quantidade de registros, a Prevent Senior teria agido para que pacientes com Covid-19 não tivessem a doença anotada em seus prontuários. Nos casos de morte, a informação também não constaria dos atestados de óbito.

  • *Ouça aqui a versão podcast do boletim Coronavírus desta quinta-feira

*Este conteúdo e outros conteúdos especiais podem ser conferidos no hotsite Coronavírus

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