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Capital terá evento teste para retomada das corridas de rua durante período de pandemia de Covid-19 

Por: KAMILA MARINHO - HOME OFFICE

26 de agosto de 2021 - 18:12

A capital paulista sedia no próximo domingo (29/8), a Volta SP 10k. A prova marca o retorno das corridas de rua durante o período de pandemia do novo coronavírus e faz parte dos 30 eventos anunciados pelo Governo do Estado como teste para o retorno seguro das atividades do gênero.

Promovida pela ABRACEO (Associação Brasileira de Corridas de Rua), com o apoio da Prefeitura de São Paulo e pelo Governo de São Paulo, a Volta SP 10k seguirá uma série de protocolos de segurança, além de ser necessária a testagem prévia dos atletas, com todos sendo obrigados a apresentar teste PCR negativo 48 horas antes da corrida.

A corrida será limitada a 1.200 atletas e terá percursos de 5k e 10k, com largada na Pista Expressa da Marginal Pinheiros, em frente ao Parque do Povo. Os atletas terão que usar máscara durante a corrida e durante o percurso serão feitas sinalizações para estimular o distanciamento e evitar aglomerações.

As largadas vão começar às 7h, seguindo o formato de ondas, com 120 atletas largando por vez a cada 1 minuto e o local da prova vai ser controlado, sendo vetada a entrada de pessoas que não tenham relação com a corrida.

Para o acesso, será feita uma triagem com aparelho de temperatura infravermelho. Também serão disponibilizados recipientes abastecidos com álcool gel 70% para higienização das mãos, instalados nos lugares de maior circulação de pessoas. Os corredores serão monitorados durante 14 dias após o evento teste, assim como ocorreu na prova de 2020.

A Volta SP 10K seguirá uma série de diretrizes para avaliação do retorno das corridas de ruas presenciais e será homologada pela FPA – Federação Paulista de Atletismo – por meio da obtenção de alvará e seguirá os protocolos sanitários determinados pela Secretaria Estadual de Saúde, elaborados pela ABRACEO e apreciado pela Covisa (Coordenadoria de Vigilância em Saúde).

As corridas de rua na cidade de São Paulo foram suspensas no dia 14 de março de 2020 por causa da pandemia do novo coronavírus. Em 2019, foram realizadas 116 corridas de rua na capital com o apoio da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer.

Mais sobre o novo coronavírus 1

De acordo com o boletim diário mais recente publicado pela Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, nesta quinta-feira (26/8), a capital paulista totalizava 36.870 vítimas da Covid-19. Havia, ainda, 1.407.737 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.

Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde, os dados mais recentes mostram que a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na região metropolitana de São Paulo, nesta quinta (26/8), é de 36,5%.

Já nesta quarta (25/8), o índice de isolamento social na cidade de São Paulo foi de 36%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.

A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

Mais sobre o novo coronavírus 2

A Pfizer e a BioNTech anunciaram nesta quinta (26/8), a assinatura de um acordo com a farmacêutica brasileira Eurofarma para a produção de vacina contra a Covid-19. A vacina será produzida no Brasil e distribuída em toda a América Latina. A expectativa é que o laboratório brasileiro seja capaz de produzir 100 milhões de doses por ano, que devem começar a ser entregues em 2022.

De acordo com o comunicado das empresas, as atividades de transferência técnica, desenvolvimento no local e instalação de equipamentos começarão imediatamente. A Eurofarma vai receber o produto de instalações dos Estados Unidos.

A vacina fabricada pela Pfizer/BioNTech, chamada de ComiRNAty, já está sendo aplicada no Brasil por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Mas até então ela vinha do exterior pronta para aplicação.

Essa vacina utiliza uma nova tecnologia, com RNA mensageiro (mRNA). Segundo a Pfizer, esse tipo de vacina carrega o código genético do vírus que contém as instruções para que as células do corpo produzam determinadas proteínas. Ou seja, elas atuam introduzindo nas células do organismo a sequência de RNA mensageiro, que contém a receita para que essas células produzam uma proteína específica do vírus. Uma vez que essa proteína seja processada dentro do corpo e exposta ao nosso sistema imunológico, este pode identificá-la como algo estranho, um antígeno e criar imunidade contra ele.

O imunizante da Pfizer é aplicado em duas doses. No Brasil, a vacina recebeu autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para ser aplicada em adolescentes entre 12 e 17 anos e é o único autorizado para essa faixa etária até o momento.

Mais sobre o novo coronavírus 3

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou novo estudo clínico para o desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19. A pesquisa será realizada em fase 1, quando há análise da eficácia e segurança em um grupo menor de voluntários.

O projeto é conduzido por um consórcio formado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, pelo Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem) e pelas empresas HDT Bio Corp, dos Estados Unidos, e Gennova Biopharmaceuticals, da Índia.

O estudo será realizado no Brasil, na Índia e nos Estados Unidos com a participação de 90 voluntários, de 18 a 55 anos. Parte das pessoas receberá duas doses em um intervalo menor, de 29 dias. Já outra parte terá aplicação em um período maior entre cada dose, de 57 dias.

O teste no Brasil será realizado no Hospital da Bahia, localizado em Salvador. Caso o desenvolvimento avance, a participação brasileira envolve a transferência de tecnologia, que seria realizada por meio do Centro Universitário Senai Cimatec, localizado na Bahia.

Este é o 13º ensaio clínico autorizado pela Anvisa. Ontem (25/8), a Agência autorizou um estudo em fase 3 a ser realizado pela indústria de biotecnologia Innovio Pharmaceuticals, com sede nos Estados Unidos.

Atuação do município

Para humanizar o atendimento a pessoas com Covid-19, os hospitais municipais da Brasilândia e da Bela Vista adotaram um modelo alternativo de prontuário, usado em conjunto com o tradicional. É o chamado prontuário afetivo, que, além do nome, idade, dados técnicos e as recomendações para tratamento, contam com informações como a preferência musical, apelido, nome dos filhos, do companheiro ou companheira, time de futebol, entre outras curiosidades que aproximam e comovem equipes de saúde e pacientes, além de contribuir para uma recuperação mais rápida e eficaz.

De acordo com Roberto Navarro Morales Júnior, supervisor da equipe multidisciplinar do Hospital Municipal da Brasilândia, totalmente voltado ao tratamento de Covid-19, é também uma maneira de o paciente se sentir confortável e contar sobre o que sente.

“Começamos em janeiro e isso contribui muito para o tratamento, pois quebra aquela relação fria e técnica. Antes, a gente chegava no leito para conversar com eles, checava os dados, sinais vitais e focava no tratamento e doença. A partir de agora, os chamamos pelo nome que gostam, puxamos o assunto que querem conversar, falamos sobre o livro favorito, o ator etc. Com o prontuário afetivo parece que nos conhecêssemos há muito mais tempo. A adesão ao tratamento aumentou. Quando você começa a criar mais empatia, eles se sentem mais confortáveis no dia a dia, tiram mais dúvidas, se abrem. Sentimos que eles estão mais felizes, compreendem melhor como é o tratamento e como eles mesmos podem ajudar”, finaliza.

A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo tem a intenção de expandir essa iniciativa e, para isso, está estudando quando e qual a melhor forma de ampliar o prontuário afetivo para mais unidades da rede municipal.

Ações e Atitudes

Pesquisa do Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco, do IB-USP (Instituto de Biologia da Universidade de São Paulo) sugere que os homens podem ser os principais transmissores do novo coronavírus em relação às mulheres. Os resultados do trabalho foram divulgados na plataforma medRxiv, em artigo sem revisão por pares. No processo de revisão por pares, os revisores podem sugerir que o trabalho seja rejeitado, publicado como está ou enviado de volta aos cientistas para mais experimentos.

Segundo a pesquisa, existem diferenças entre homens e mulheres na suscetibilidade e transmissão de Covid-19 entre casais com contato direto sem medidas de proteção. O levantamento epidemiológico foi realizado de julho de 2020 a julho de 2021, incluindo 1.744 casais brasileiros não vacinados contra a Covid-19, com pelo menos um dos parceiros infectado e diagnosticado.

Os dados coletados mostraram que os homens foram os primeiros ou únicos infectados na maioria dos casos, incluindo os casais concordantes – quando ambos foram infectados – como nos discordantes, quando um dos parceiros permaneceu assintomático apesar do contato próximo com o infectado. No total, 946 homens foram infectados primeiro em comparação com 660 mulheres.

“Essa constatação corrobora e está em consonância com descobertas feitas em estudos recentes que realizamos, que já indicavam que homens podem transmitir mais o novo coronavírus”, disse Mayana Zatz, professora do IB-USP.

Outro estudo, publicado no início de agosto por pesquisadores de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco na revista Diagnostics, apontou que os homens apresentam uma carga do vírus na saliva cerca de dez vezes maior do que mulheres, particularmente até os 48 anos de idade. A diferença de carga viral não foi detectada em testes com amostras nasofaríngeas, segundo o estudo coordenado pela professora Maria Rita Passos-Bueno.

“Como o vírus é transmitido principalmente por gotículas de saliva, deduzimos que isso explicaria porque os homens transmitem mais vírus do que as mulheres”, disse Mayana.

 

*Ouça aqui a versão podcast do boletim Coronavírus desta quinta-feira

*Este conteúdo e outros conteúdos especiais podem ser conferidos no hotsite Coronavírus

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