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Casos de Covid-19 no Brasil triplicaram em apenas uma semana

Por: DANIEL MONTEIRO - HOME OFFICE

27 de janeiro de 2022 - 18:50

Na última quarta-feira (26/1), a Opas (Organização Panamericana da Saúde) divulgou que os casos de Covid-19 dispararam em toda a região das Américas na última semana. A diretora da agência, Carissa Etienne, destacou que, apenas no Brasil, os casos quase triplicaram, subindo em 193% em relação à semana anterior, com 477 mil novas infecções.

Contudo, o país não está isolado no aumento de transmissão do novo coronavírus. Paraguai e Guianas acompanham a tendência, com casos dobrando a cada dois dias. Já a Argentina registrou mais de 797 mil novos infectados.

Carissa afirmou que, como os casos de Covid-19 estão crescendo mais ativamente e mais rapidamente do que nunca, fica claro que a variante Ômicron se tornou a cepa predominante na região.

América do Norte, Central e Caribe também observaram o aumento de infecções. Os Estados Unidos concentram a maioria dos novos casos da região, embora os números tenham começado a cair. Haiti e Martinica, países com a taxa de cobertura vacinal mais baixa da região, continuam a relatar aumentos significativos de transmissão.

Para a diretora da Opas, é fundamental que os países sigam monitorando e gerando dados sobre a progressão do vírus para orientar as decisões. Ela adicionou que as informações são cada vez mais necessárias para entender o impacto da doença nos diferentes grupos de idade, de gênero e de localização. Segundo Carissa, apenas assim será possível equipar municípios e distritos locais com as ferramentas necessárias para gerenciar riscos e orientar suas populações durante esse período.

Ela explicou ainda que os dados também são essenciais para ajudar os países a identificar lacunas e direcionar recursos para garantir que as pessoas com maior risco de doença grave por Covid-19 sejam protegidas primeiro.

Ao destacar a vulnerabilidade das crianças durante a pandemia, a diretora da Opas afirmou que o afastamento das salas de aula causou outros impactos na vida dos menores. Para Carissa, além dos riscos para a saúde mental, muitos estudantes dependem das instituições de ensino para fazerem refeições diárias.

Outro aspecto importante é que muitas crianças não tiveram acompanhamento médico nos últimos dois anos. Isso impactou no número de crianças não imunizadas para outras doenças, algumas que já estavam controladas. Ela citou o surto de sarampo no Brasil e o aumento na transmissão de difteria no Haiti e na República Dominicana.

Além de estimular que o calendário de vacinação para crianças siga acontecendo e mantenha as evoluções das últimas décadas, Carissa afirmou que os países das Américas que já ultrapassaram a meta de vacinar 70% de sua população adulta devem ampliar a imunização às crianças.

Nesses países, onde grupos vulneráveis já foram protegidos e onde suprimentos adicionais de vacina estão disponíveis, os benefícios de vacinar crianças para reduzir ainda mais a transmissão do vírus devem ser considerados. A diretora da Opas ainda lembrou que muitos países já autorizaram e estão administrando com segurança vacinas contra a Covid-19 em adolescentes.

Semana passada, o grupo de especialistas em imunização da OMS (Organização Mundial da Saúde) autorizou a vacina da Pfizer para crianças entre 5 e 12 anos, oferecendo recomendações para os países que estão iniciando a campanha para os menores.

Mais sobre o novo coronavírus 1

De acordo com o boletim diário mais recente publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, até esta quinta-feira (27/1), a capital paulista totalizava 39.926 vítimas da Covid-19. E havia, ainda, 1.720.903 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.

Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.

Prefeitura de SP

Em relação ao sistema público de saúde, os dados mais recentes mostram que a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade e Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na região metropolitana de São Paulo nesta quinta-feira (27/1), é de 73,4%.

Já a ocupação de leitos de enfermaria está em 78%. No Estado, a taxa de ocupação em UTIs está em 68,7% e em 69,1% em leitos de enfermaria. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde.

Mais sobre o novo coronavírus 2

Na última quarta-feira (26/1), o Governo do Estado se reuniu com os presidentes dos consórcios de municípios que compõem a Região Metropolitana de São Paulo para tratar do financiamento de novos leitos para Covid-19. Na reunião, ficou acertado que os municípios enviariam até as 12h desta quinta (27) as demandas de cada cidade, seja para oferta em hospitais municipais ou na rede estadual regional.

A condição principal para o cofinanciamento de novos leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva) para estas regiões é a sua capacidade de colocar em operação nos próximos dez dias, já que, pelas perspectivas dos especialistas, a demanda deve continuar em alta pelas próximas três semanas.

Mais sobre o novo coronavírus 3

Devem chegar ao Brasil na próxima segunda-feira (31/1) mais 1,8 milhão de doses pediátricas da vacina contra a Covid-19 da Pfizer, destinadas ao público de 5 a 11 anos. A previsão inicial era que os imunizantes chegassem ao país em 3 de fevereiro, mas houve a antecipação da entrega.

Segundo dados do Ministério da Saúde, até agora o Brasil já recebeu 4,2 milhões de doses de vacinas pediátricas da Pfizer. A distribuição do último lote, de 1,8 milhão de doses, terminou na última quarta-feira (26/1).

Mais sobre o novo coronavírus 4

Publicado pela revista científica The Lancet na última sexta-feira (21/1), um estudo do Ministério da Saúde em parceria com a Universidade de Oxford, na Inglaterra, mostrou que a combinação heteróloga – ou seja, de vacinas contra a Covid-19 diferentes – após a vacinação com a Coronavac é a estratégia mais eficaz para a dose de reforço da imunização.

A pesquisa mostrou que, 28 dias após a dose de reforço, a vacina de RNA mensageiro da Pfizer aumenta em cerca de 152 vezes a produção de anticorpos, que são capazes de bloquear a entrada do novo coronavírus nas células. Essa elevação foi cerca de 90 vezes maior com a AstraZeneca e de 77 vezes com a Janssen. Com o reforço realizado com a própria Coronavac, o resultado é de 12 vezes a mais.

No Brasil, 1.240 voluntários participaram do estudo em São Paulo e Salvador, dos quais 1.205 permaneceram na pesquisa até a análise final. Detalhes da metodologia e resultados do estudo estão disponibilizados em preprint.

O estudo ganhou ainda mais relevância com o crescimento de casos relacionados a novas variantes. De acordo com a publicação, a indução de anticorpos capazes de neutralizar as variantes Delta e Ômicron chegou a 90% dos indivíduos após o reforço heterólogo.

*Ouça aqui a versão podcast do boletim Coronavírus desta quinta-feira

*Este conteúdo e outros conteúdos especiais podem ser conferidos no hotsite Coronavírus

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