Nos últimos dez anos, a cidade de São Paulo ganhou apenas 28 mil unidades de Habitação de Interesse Social (HIS), segundo o Secovi sindicato das empresas de habitação. Os dados foram apresentados nesta quinta (20/6), durante reunião da Frente Parlamentar de Apoio e Acompanhamento do Arco do Futuro.
Os empreendimentos classificados como HIS são aqueles direcionados para a faixa mais pobre da população, que não tem acesso a financiamento para comprar sua moradia. Segundo o diretor de legislação urbana do Secovi, Eduardo Della Manna, mais de metade dessas unidades foram erguidas pela iniciativa privada.
A meta do governo do prefeito Fernando Haddad é produzir 55 mil unidades habitacionais até 2016.
O evento também contou com a participação do Secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano, Fernando de Mello Franco, que em sua apresentação enfatizou a necessidade de produzir uma cidade plural na área do arco, aproximando emprego e moradia e fazendo com várias classes sociais ocupem o mesmo espaço urbano.
Após a apresentação do secretário, o vereador José Police Neto (PSD) afirmou que o primeiro plano de intervenção da Prefeitura na área do arco o chamado Arco Tietê, território de 6m milhões de metros quadrados às margens do rio carece de um estudo que defina as áreas em que será substituído emprego por moradia na região, que é praticamente utilizada em sua totalidade para atividades não residenciais.
Essa área não é um vazio, e mais moradia significa necessariamente perder parte dos empreendimentos comerciais, afirmou o parlamentar.
Em resposta, Franco disse que a ideia da secretaria é produzir esses estudos e discuti-los com a sociedade. A gente também tem muita área subutilizada e muita área que está literalmente abandonada nessa região, acrescentou.