Com o objetivo de agilizar e dar mais opções aos munícipes na hora da vacinação, a cidade de São Paulo implantou cinco novos megapostos para a aplicação das vacinas contra a Covid-19 na capital.
A partir de agora, o paulistano também pode ser vacinado nos megapostos CEU Parelheiros (rua José Pedro de Borba, 20, entrada pelo portão 3), Lar Center (av. Otto Baumgart, 500, em frente ao Fast Shop), Shopping Ksquare (Rua Guarani, 266, Bom Retiro) e Buffet Colonial (av. Indianópolis, 300, Indianópolis). Também está disponível um posto volante na Escola Estadual Prof. Ennio Voss (av. Portugal, 1.220, Brooklin).
Os munícipes podem acompanhar em tempo real qual o melhor momento para se deslocarem até os postos de vacinação da capital por meio do portal “De Olho na Fila”. Na plataforma, é possível monitorar a quantidade de pessoas em cada posto de vacinação e, assim, escolher o melhor horário para se imunizar.
Vacinação
Neste sábado (3/7), as 82 UBS/AMAs (Unidades Básicas de Saúde/Assistências Médicas Ambulatoriais) Integradas irão funcionar para aplicar exclusivamente a segunda dose da vacina contra a Covid-19 em pessoas que, por qualquer razão, ainda não completaram o esquema vacinal.
Já de segunda-feira (5/7) a quarta-feira (7/7) da próxima semana, a capital abrirá a vacinação em todos os postos de imunização do município para a população de 41 anos, estimada em 132 mil pessoas. Além desta faixa etária, o munícipe que fizer parte dos públicos elegíveis abertos anteriormente também poderá se vacinar.
Cabe ressaltar que todas as vacinas disponíveis para a imunização foram aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e são eficazes e seguras contra a Covid-19. A Secretaria Municipal da Saúde destaca que não há necessidade nem possibilidade de escolher um imunizante específico no momento da vacinação.
Para garantir as doses à população do município de São Paulo, a Secretaria Municipal da Saúde reforça a obrigatoriedade de o cidadão apresentar, no ato da vacinação, um comprovante de residência na capital e documentos pessoais, preferencialmente CPF (Cadastro de Pessoas Físicas) e cartão do SUS (Sistema Único de Saúde).
O comprovante de endereço no município de São Paulo pode ser apresentado de forma física ou digital. Se não houver no próprio nome do munícipe, serão aceitos comprovantes em nome do cônjuge, companheiro, pais e filhos, desde que apresentado também um documento que comprove o parentesco ou estado civil, como RG (Registro Geral), certidão de nascimento, certidão de casamento ou escritura de união estável.
Além disso, o preenchimento do pré-cadastro no site Vacina Já agiliza o tempo de atendimento nos postos de vacinação. Mais informações, como o calendário atualizado de vacinação da gestão municipal, os públicos elegíveis no momento e a lista completa de postos abertos na capital, podem ser conferidas na página Vacina Sampa.
Mais sobre o novo coronavírus
De acordo com o boletim diário mais recente publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, na última quinta-feira (2/7) a capital paulista totalizava 33.519 vítimas da Covid-19. Havia, ainda, 1.280.621 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.
Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.
Em relação ao sistema público de saúde, os dados mais recentes mostram que a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na região metropolitana de São Paulo, nesta sexta (2/7), é de 67,5%.
Já na última quinta-feira (1/7), o índice de isolamento social na cidade de São Paulo foi de 38%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.
A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.
A Câmara durante a pandemia
Na Sessão Plenária da última quinta-feira (1/7), os vereadores da Câmara Municipal de São Paulo aprovaram em primeira discussão, por meio de votação simbólica, o PL (Projeto de Lei) 389/2021, do Executivo. A proposta cria o “Programa de Cremação Social”, com a finalidade de atender famílias que não têm condições de custear os serviços de cremação.
Na justificativa do projeto, o governo argumenta que, diante do número de óbitos em decorrência da pandemia, a capacidade de sepultamentos em cemitérios públicos se aproxima do limite. Desta forma, o PL esclarece ser necessária a implantação de políticas públicas para não haver colapso no serviço funerário da cidade de São Paulo.
Atuação do município
Na última quinta-feira (1/7), a Prefeitura de São Paulo iniciou a retomada gradual do atendimento presencial à população em diversos serviços públicos da cidade. Publicado no Diário Oficial do município da última quarta-feira (30/06), o decreto 60.336/2021 prevê, entre outras coisas, que as unidades da administração municipal voltem a operar à medida que os órgãos se organizarem para isso, conforme as regras do Plano São Paulo e somente mediante agendamento prévio.
Seguindo os protocolos de segurança de combate e prevenção à Covid-19, todas as pessoas atendidas deverão utilizar máscara e respeitar o distanciamento social nos equipamentos da prefeitura.
Para saber quais os serviços que retomaram o atendimento presencial à população, clique neste link.
Ações e atitudes
Muitos termos têm sido falados nos últimos meses, devido à corrida pela produção de vacinas contra a Covid-19, mas eles podem criar confusão. Estudos clínicos de fase 1, 2 e 3 e pesquisas de efetividade de vacinas, por exemplo, têm finalidades diferentes.
Os ensaios clínicos clássicos se dedicam a descobrir dados de segurança e eficácia dos produtos. Isso é feito através de testes, divididos em fases, em alguns milhares de indivíduos. O conceito avalia se um imunizante consegue ou não proteger o organismo de uma doença, fazendo a comparação entre casos leves, moderados, graves e óbitos de voluntários que contraíram a doença – quem recebeu a vacina e quem recebeu placebo. Neste caso, o ambiente dos estudos é controlado.
Porém, uma pergunta permeia esse cenário: como medir o impacto da vacina em um ambiente não monitorado? Produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac, a Coronavac – imunizante utilizado contra a Covid-19 – foi a primeira vacina a ser testada em uma população inteira, ou seja, comprovou sua efetividade também no mundo real, além dos ensaios clínicos de eficácia.
No estudo realizado pelo Instituto Butantan na cidade de Serrana, denominado Projeto S, a Coronavac se provou também eficiente. Ao atingir-se uma cobertura vacinal de aproximadamente 75% da população adulta do município, foi possível controlar a epidemia no local. Além de evitar a grande maioria das internações e óbitos por Covid-19, a vacinação conseguiu diminuir a transmissão do vírus – beneficiando, inclusive, os habitantes que não se aplicavam aos critérios de inclusão da pesquisa e não haviam se imunizado.
Foram quase 28 mil adultos vacinados, sendo que aproximadamente 10 mil deles transitam diariamente entre Serrana e Ribeirão Preto – cidade da região onde há alta de casos de Covid-19. A aplicação da Coronavac em Serrana fez os casos sintomáticos de Covid-19 caírem 80%, as internações, 86%, e as mortes, 95%. As próximas etapas do projeto ainda pretendem descobrir mais sobre a imunização alcançada e o tempo de duração de anticorpos produzidos.
Na mesma linha, uma recente pesquisa do HC/USP (Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo), mostrou que a vacinação com a Coronavac fez os casos de Covid-19 entre os 22 mil funcionários da instituição caírem quase 80% após a segunda dose do imunizante, mesmo em uma população altamente exposta ao vírus, como é o caso dos profissionais de saúde.