A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cine Belas Artes recebeu nesta quarta-feira o promotor Washington Luis Lincoln de Assis, da área de Meio Ambiente da capital. Ele é autor de uma ação civil pública que averigua os processos de tombamento do cinema nos órgãos municipal (Conpresp) e estadual (Condephaat) de defesa do patrimônio histórico.
Assis questionou a falta de estudos mais aprofundados por parte dos dois órgãos e disse que não há informações suficientes em relação à importância histórica, cultural e turística do cinema para a cidade de São Paulo.
“Um processo judicial determinou a abertura dos processos de tombamento do cinema no Conpresp e no Condephaat. Um inquérito civil prosseguiu para reunir elementos de defesa do local. Caso o poder público entenda por não proteger o cinema, poderemos, em último caso, recorrer ao judiciário”, afirmou o promotor.
Para o presidente da CPI, vereador Eliseu Gabriel (PSB), a reunião desta quarta-feira foi produtiva. O promotor trouxe uma série de esclarecimentos. O Cine Belas Artes precisa voltar assim como o Cine Paissandu, do Rio de Janeiro, está voltando, afirmou.
Já o relator da CPI, vereador Floriano Pesaro (PSDB), sugeriu a elaboração de um estudo sobre a aptidão dos órgãos de proteção em avaliar a importância cultural dos prédios da cidade. A opinião foi compartilhada por Eliseu Gabriel. Os órgãos de preservação não ouviram a população da cidade e isso é grave, afirmou.
Para a próxima reunião da CPI deverão ser convidados alguns dos responsáveis pela reabertura do Cine Paissandu, localizado na cidade do Rio de Janeiro.
(10/10/2012 – 16h05)