Mais de 450 paulistanos assintomáticos foram testados na tarde da última quinta-feira (25/11) em um novo estudo de vigilância da Secretaria Municipal da Saúde e do Instituto Butantan sobre a Covid-19. O objetivo é analisar o potencial de transmissão da doença e realizar a análise genômica dos casos positivos.
O secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, explica que a iniciativa ajuda a identificar a circulação do Sars-CoV-2 na população adulta que circula em regiões de grande fluxo, em um momento que 100% dos adultos da capital estão vacinados. É preciso, segundo o secretário, entender o comportamento do vírus neste novo cenário.
As testagens, que são do tipo RT-PCR, não tem data para encerramento e acontecem em sete pontos de grande movimentação na cidade: Aeroporto de Congonhas, Terminal Santo Amaro, Terminal Rodoviário do Tietê, Mercado Municipal, Mercado Distrital de São Miguel e Mercado Municipal de Pinheiros.
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De acordo com o boletim diário mais recente publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, até esta quinta (25/11), a capital paulista totalizava 39.147 vítimas da Covid-19. Havia, ainda, 1.546.920 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.
Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.
Em relação ao sistema público de saúde, os dados mais recentes mostram que a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na região metropolitana de São Paulo, nesta sexta (26/11), é de 27,9%.
Já na quinta-feira (25/11), o índice de isolamento social na cidade de São Paulo foi de 37%, mesmo número do dia anterior. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.
A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.
A Câmara durante a pandemia
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Prevent Senior da Câmara Municipal de São Paulo realizou duas reuniões esta semana. A primeira delas, na quinta-feira (25/11), foi marcada pela presença de ex-médicos da operadora de saúde, que colaboraram com um dossiê de denúncias sobre ações durante a pandemia.
Os depoimentos foram acompanhados pela advogada Bruna Mendes Morato, responsável pela organização do dossiê. Os médicos reforçaram as denúncias de prescrição obrigatória do chamado Kit Covid, um conjunto de medicamentos sem eficácia comprovada, e detalharam o protocolo da Prevent Senior para cuidados paliativos em pacientes com quadro grave de Covid-19.
Já na sexta-feira (26/11), a Comissão recebeu representantes das subprefeituras Mooca, Sé, Pinheiros, Butantã e Santana/Tucuruvi, onde estão localizados hospitais da Prevent Senior.
O assunto principal foi a situação de licenciamento dos 14 hospitais Sancta Maggiore na capital. Atualmente, 13 deles continuam em funcionamento e um, de campanha, não está mais operando. Apenas três unidades estão com documentação regular junto à Prefeitura.
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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recebeu, nesta sexta-feira (26/11), um pedido de uso emergencial para o medicamento molnupiravir, para combate à Covid-19.
Segundo estudos da fabricante, quando administrado no início da infecção, o remédio tem a capacidade de reduzir casos de hospitalização e mortes. Os dados sobre o assunto serão revisados pela Anvisa dentro de um prazo de avaliação de até 30 dias.
No último dia 19, a Anvisa e o laboratório já haviam realizado a reunião de pré-submissão do produto, que ocorreu antes do envio formal do pedido à Anvisa pela empresa.
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Também nesta sexta (26/11), a Anvisa publicou uma nota técnica recomendando medidas temporárias de restrição para voos e viajantes procedentes da África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue, onde a nova variante da Covid-19, B.1.1.529, foi identificada. Batizada hoje pela OMS de Omicron, a nova variante tem preocupado devido ao número de mutações, o que pode trazer novas ondas de contaminação da doença.
Na nota, a agência indica a suspensão de todos os voos e da entrada de estrangeiros vindos destes países e quarentena para brasileiros ou residentes legais que tiveram passagem por qualquer um deles nos últimos 14 dias que antecedem a entrada no Brasil.
A Anvisa aponta ainda no documento que países como Itália, Alemanha e Reino Unido já começaram a adotar medidas de restrição de trânsito de viajantes provenientes dessas regiões. Adicionalmente, autoridades da Comissão Europeia já indicam que, em coordenação com os estados-membros, pretendem adotar restrições em todo o bloco.
O documento foi enviado à Casa Civil, que fará sua análise e, se julgar necessário, será responsável pela efetivação de medidas contando com o Ministério da Saúde, o Ministério da Infraestrutura e o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
*Ouça aqui a versão podcast do boletim Coronavírus desta sexta-feira
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