No início da tarde desta quarta-feira (14/7), em coletiva realizada no Palácio dos Bandeirantes, o Governo do Estado anunciou que, com o avanço da vacinação no território paulista, a mortalidade por Covid-19 em São Paulo caiu 46% entre os meses de março e junho deste ano.
Segundo o Governo do Estado, a proporção dos pacientes que morreram após internados, que era de 35% em março, no pico da segunda onda da pandemia, caiu para 19% em junho, queda de 46% em quatro meses.
A queda acentuada da letalidade do novo coronavírus em São Paulo, destacou a administração estadual, é resultado dos altos índices de cobertura vacinal no território paulista, principalmente entre os idosos acima dos 70 anos que já tomaram a primeira e a segunda dose da vacina contra a Covid-19.
Também na coletiva, o Governo de São Paulo informou que o Estado já ultrapassou a marca de 62% de adultos vacinados com a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Além disso, até a próxima quinta-feira (15/7), São Paulo deverá chegar a 30 milhões de doses de vacinas aplicadas. O número, destaca a administração estadual, é maior que a totalidade de doses de vacina aplicadas na Argentina ou no Chile.
Ainda sobre vacinas, o Governo do Estado anunciou a entrega ao PNI (Programa Nacional de Imunização), nesta quarta-feira, de 800 mil doses da Coronavac, imunizante desenvolvido pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. Na quinta-feira, serão entregues mais 200 mil doses, totalizando um milhão de doses da vacina.
Essa remessa de imunizantes faz parte de um novo lote, com 10 milhões de doses da vacina, que será disponibilizado ao Ministério da Saúde para ser distribuído em todo o Brasil através do PNI.
A expectativa é que, a partir da próxima semana, novas doses sejam entregues toda segunda, quarta e sexta-feira, de forma que, até o final de agosto, o Butantan cumpra o contrato firmado com o Ministério da Saúde para produção e disponibilização ao PNI de 100 milhões de doses da vacina. Caso esse prazo se cumpra, o Butantan antecipará em 30 dias o cumprimento do contrato, que previa a entrega das vacinas até o final de setembro.
Educação
Na coletiva desta quarta-feira, o Governo do Estado também anunciou o lançamento do programa Bolsa do Povo Educação. A iniciativa vai contratar 20 mil parentes de alunos da rede estadual de educação para trabalharem nos estabelecimentos de ensino, com benefício de R$ 500 por quatro horas de trabalho. Ao todo, a administração estadual estima investir R$ 60 milhões no programa.
O Bolsa do Povo Educação começará no mês de agosto e deverá funcionar até dezembro. As inscrições serão on-line e ocorrerão de 19 a 31 de julho. Cada inscrito poderá indicar até três escolas para trabalhar. A escola será responsável pela avaliação dos candidatos e a indicação será revisada pela Diretoria de Ensino local, que aprovará a contratação.
As pessoas contratadas pelo programa atuarão em atividades de busca ativa de alunos, apoio à educação especial, acompanhamento de protocolos sanitários e apoio geral à escola.
Os critérios para a candidatura são: ser responsável legal pelo aluno da rede estadual, estar desempregado há pelo menos três meses e morar próximo à unidade escolar. Preferencialmente, serão contratados os candidatos que estiverem cadastrados no CadÚnico; que sejam mãe de aluno da rede estadual; que tenham o filho estudando na escola; cuja residência esteja na proximidade da escola; e que sejam maiores de idade.
Mais sobre o novo coronavírus
Segundo o boletim diário mais recente publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo sobre a pandemia do novo coronavírus, nesta quarta-feira (14/7) a capital paulista totalizava 34.351 vítimas da Covid-19. Havia, ainda, 1.314.073 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.
Abaixo, gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.
Em relação ao sistema público de saúde, os dados mais recentes mostram que a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na região metropolitana de São Paulo, nesta quarta (14/7), é de 60,2%.
Já na última terça (13/7), o índice de isolamento social na cidade de São Paulo foi de 38%. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.
A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.
Ações e Atitudes
Um papel para a produção de embalagens e papelão ondulado é capaz de inativar o novo coronavírus por contato. Lançado pela indústria Irani, o material possui micropartículas de prata e sílica incorporadas em sua estrutura, desenvolvidas pela empresa paulista Nanox apoiada pelo Programa PIPE (Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas) da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
Em testes feitos no laboratório de biossegurança de nível 3 do ICB-USP (Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo), o material demonstrou ser capaz de eliminar 99,9% de partículas do novo coronavírus em cinco minutos e 99,99% em até dez minutos de contato. O papel também consegue inativar outros vírus, além de bactérias e fungos.
As micropartículas de prata e sílica são adicionadas ao papel durante o processo de produção e ficam inseridas na estrutura do material. Dessa forma, a eficácia da inativação viral é mantida mesmo se a embalagem ou o papel ondulado entrar em contato com um líquido, como água ou álcool.
Os pesquisadores da empresa afirmam que o efeito antiviral só é prejudicado quando a camada em que as micropartículas se encontram for removida por abrasão ou se o material for reciclado. Isso porque, durante o processo de reciclagem, o composto acaba sendo diluído com outros produtos.
O processo de inativação do novo coronavírus — assim como o de outros vírus, fungos e bactérias — ao ter contato com o papel se dá a partir da reação das micropartículas de prata ao vírus. O vírus, ao entrar em contato com a prata, passa por um processo de oxidação, que ocasiona a quebra de sua membrana protetora. Além disso, o material pode ser usado para a produção de embalagens de diferentes setores, como serviços de delivery e transporte de cargas.