A Prefeitura de São Paulo iniciou, na manhã desta segunda-feira (21/2), na EMEI (Escola de Municipal de Ensino Infantil) Borba Gato, no Bairro Santo Amaro, a busca ativa para vacinação contra Covid-19 de crianças entre 5 e 11 anos nas unidades de ensino. A medida, que integra a campanha E de vacinação do Governo do Estado, tem como objetivo intensificar imunização do público infantil na capital paulista. O trabalho será realizado pelas próximas duas semanas e está sob comando das secretarias municipais de Saúde e Educação.
Durante coletiva, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) lembrou que 74,4% deste público já foi vacinado em São Paulo, colocando a capital à frente de cidades como Toronto (56%) e Nova York (50%). “São Paulo se consolida cada vez mais como capital mundial da vacina e pode dar exemplo para o mundo”. Atualmente, cerca de 250 mil crianças ainda não se vacinaram no município.
As UBSs (Unidades Básicas de Saúde) já estão preparadas para realizar a imunização nas instituições de ensino da rede municipal e continuar com o atendimento nas unidades. A ação contará com o apoio de técnicos da Vigilância em Saúde.
Há intervalos diferentes entre doses das vacinas em crianças, conforme a marca do imunizante. As de 5 anos, por exemplo, são vacinadas exclusivamente com doses da Pfizer pediátrica. Elas precisam esperar 56 dias ou oito semanas para a segunda dose. Quem tem de 6 a 11 anos, e tomou a primeira dose da Pfizer, devem aguardar esse mesmo intervalo. Para aqueles que tomaram Coronavac, o intervalo é de 28 dias.
Atuação do município
Cerca de 23,5 mil crianças de 5 a 11 anos de idade receberam a vacina contra a Covid-19 no último sábado (19/2) na capital paulista. Com o início da aplicação da segunda dose da Coronavac pediátrica, pelo menos 17 mil crianças completaram o ciclo vacinal. Também foram aplicadas cerca de 6,5 mil primeiras doses.
Com os números deste sábado, o município alcançou a marca de 74,4% de crianças vacinadas com a primeira dose dos imunizantes. A estimativa para essa faixa etária é imunizar um total de 1.083.159 crianças na capital. No total, incluindo o público adulto, foram mais de 51 mil doses aplicadas.
Durante todo o dia foi realizada a busca ativa de faltosos para a segunda dose e a dose adicional. Os pais de crianças ainda não vacinadas foram orientados a levá-las aos postos. Foram realizadas cerca de 14 mil abordagens.
De acordo com o boletim mais recente do Vacinômetro, da Secretaria Municipal de Saúde, a cidade de São Paulo aplicou 27.872.958 de doses de vacinas contra a Covid-19 até esta segunda (21/2). Os dados demonstram que foram aplicadas 11.572.905 primeiras doses, 10.253.630 segundas doses e 337.917 doses únicas, além de 5.708.506 doses adicionais.
Em adolescentes de 12 a 17 anos foram aplicadas, até o momento, 966.711 primeiras doses e 827.219 segundas doses. Em crianças de 5 a 11 anos até o momento foram aplicadas 1.083.159 doses, o que representa uma cobertura vacinal de 74,4% da cobertura vacinal neste público.
Mais sobre o novo coronavírus 1
De acordo com o boletim diário mais recente, publicado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, sobre a pandemia do novo coronavírus, até esta segunda (21/2), a capital paulista totalizava 41.161 vítimas da Covid-19. E havia, ainda, 1.848.312 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus.
Abaixo, um gráfico detalhado sobre os índices da Covid-19 na cidade de São Paulo.
Em relação ao sistema público de saúde, os dados mais recentes mostram que a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade e Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 na região metropolitana de São Paulo nesta segunda-feira (21/2) é de 55,4%. Já a ocupação de leitos de enfermaria está em 48,8%.
No Estado, a taxa de ocupação em UTIs está em 57,3%. E nos leitos de enfermaria está em 45,7%. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde.
Atuação no município
A cidade de São Paulo identificou o terceiro caso de uma pessoa contaminada com a subvariante BA.2 do coronavírus. O paciente é um homem, de 45 anos, residente de Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, que foi atendido no sistema de saúde da capital paulista.
A identificação foi feita na última sexta-feira (18/2) pela Secretaria Municipal de Saúde em parceria com o Instituto Butantan a partir da análise genômica do vírus. A BA.2 surgiu a partir das mutações da variante Ômicron (BA.1). O homem já havia recebido as três doses de vacinas contra a Covid-19 e teve sintomas no último dia 30 de janeiro. Ele passou 14 dias em quarentena e não apresenta mais sinais da doença.
A sublinhagem foi identificada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em 7 de dezembro e tem cerca de 40 mutações em relação à variante Ômicron BA.1. Cientistas destacam o alto potencial de infecção pelo vírus, que pode provocar distúrbios respiratórios graves.
A Vigilância Epidemiológica mantém todas as ações pertinentes à análise genômica do coronavírus no município de São Paulo e reforça a importância da vacinação neste momento de transmissão da variante Ômicron.
*Ouça aqui a versão podcast do boletim Coronavírus desta segunda-feira
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