O caso do corpo de um morador de rua encontrado carbonizado dentro de uma carroça na região do Brás, centro de São Paulo, foi discutido nesta quinta-feira durante reunião da Comissão Extraordinária de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Segurança Pública e Relações Internacionais.
O presidente do colegiado, vereador Jamil Murad (PCdoB), informou que os vereadores contatarão as autoridades competentes para questionar as providências que estão sendo tomadas para punir os responsáveis pelo crime.
O vereador Juscelino Gadelha (PSDB) lembrou que “de tempos em tempos” surgem notícias de moradores de rua maltratados, e que é dever da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos “acompanhar de perto essa discussão”.
Na reunião ordinária desta quinta-feira, os vereadores também discutiram a pauta de trabalho para os próximos encontros. Entre os assuntos que serão tratados estão a situação dos imigrantes sul-americanos residentes em São Paulo e a remoção de famílias que habitam áreas classificadas pela prefeitura como vulneráveis.
Sobre o último tema, os vereadores Ítalo Cardoso (PT) e Juliana Cardoso (PT) cobraram explicações da Secretaria de Habitação sobre a forma como a remoção de moradores vem sendo conduzida.
Eles querem que a Defensoria Pública e o Ministério Público participem dos debates diante das suspeitas de que laudos falsos sobre a situação de risco das moradias estariam sendo apresentados como justificativa para a retirada das famílias. “Estão tirando pessoas de suas casas com base em informações no mínimo inverídicas”, afirmou Ítalo.
(05/05/2011 – 16h10)