A Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal continua perseguindo a remoção de 80 toneladas de resíduos nucleares do terreno em que foram depositados em Jurubatuba, Zona Sul de São Paulo. Em reunião do colegiado nesta quarta-feira, os parlamentares rechaçaram as últimas informações sobre a remoção do material, que deve durar pelo menos dois anos.
O vereador Ítalo Cardoso (PT) criticou a situação. “Um ano atrás fizemos reunião com eles (Indústrias Nucleares do Brasil, INB, responsável pelo terreno), pediram prazo de seis meses, está atrasado e agora eles pedem dois anos. Os técnicos acham que são mais espertos que o mundo”, disse. As informações foram obtidas em encontro dos vereadores com o coordenador da unidade de São Paulo da INB, Valter Mortágua, na última sexta-feira (21).
Para o presidente da comissão, Natalini (PV), falta uma política nacional que dê conta dos resíduos nucleares de indústrias, universidades e procedimentos médicos, como a radioterapia. “O governo federal está dizendo que vai criar esses locais em 2015, mas nenhum Estado quer sediar esse deposito. O congresso vai ter que definir em lei”, explicou.
Os membros da Comissão de Meio Ambiente concordaram em ir até Brasília para cobrar a remoção dos resíduos nucleares junto ao Ministério de Ciência e Tecnologia, que cuida do tema. Eles também pretendem organizar uma audiência com o Congresso Nacional, que também possui parlamentares mobilizados acerca da matéria.
(26/10/2011 – 12h38)