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Comissão da Verdade discute papel da imprensa na ditadura

5 de dezembro de 2012 - 18:37

RenattodSousa
COMISSAO-DA-VERDADE-5122012-Rtto_5893-72-ABREO papel da imprensa na ditadura militar foi o tema da reunião desta quarta-feira da Comissão da Verdade Vladimir Herzog, realizada na Câmara Municipal. Participaram do encontro os doutores em história social Beatriz Kushnir e Francisco Fonseca, autores de livros sobre o tema.

Para Beatriz, autora do livro Cães de Guarda Jornalistas e Censores, do AI-5 à Constituição de 1988, houve um “grande colaboracionismo de parcela da imprensa” ao regime militar. Segundo ela, “muito se fala da resistência da mídia à ditadura, mas se isso aconteceu foi por parte de alguns jornalistas, porque a grande imprensa colaborou grandemente com o processo”.

“Os dez primeiros censores que foram para Brasília tinham o jornalismo como profissão, então eu quis entender como jornalistas se tornaram censores federais, comentou a historiadora. “Também achei em São Paulo jornalistas que pertenciam à Secretaria de Segurança Pública, e novamente quis entender como policiais podiam fazer parte dos quadros de um dos maiores jornais do país.”

Na opinião de Francisco Fonseca, “o legado da ditadura ainda está presente porque não punimos ninguém”. “Só agora constituímos uma Comissão da Verdade Nacional”, disse

Também na reunião desta quarta-feira, Beatriz Kushnir sugeriu que a Comissão da Verdade estude a possibilidade de disponibilizar à sociedade todo o material já reunido pela Câmara Municipal sobre a ditadura. “Vocês têm um manancial de acervo, desde a CPI da Vala de Perus (comissão criada em 1990 para investigar a origem das ossadas encontradas numa vala no Cemitério de Perus). Valeria a pena um investimento na disponibilização desse material. Se isso acontecesse, o trabalho dos pesquisadores poderia caminhar com mais sucesso”, avaliou.

Ela também propôs a construção de um memorial às vítimas do regime militar enterradas em Perus. “As ossadas de Perus não foram devidamente identificadas e não tiveram um fim digno. Sugiro um memorial que dê dignidade a essas ossadas”.

TRABALHOS
Os integrantes da Comissão da Verdade aprovaram nesta quarta-feira a continuidade das atividades até o fim da atual legislatura, em 31 de dezembro, para que a assessoria tenha tempo de acrescentar detalhes técnicos ao relatório final do colegiado.

O presidente da Comissão, vereador Ítalo Cardoso (PT), ainda manifestou o desejo de que em 2013 a nova legislatura possa dar prosseguimento aos trabalhos iniciados pelo grupo. “É um assunto que estará aceso enquanto houver a Comissão Nacional da Verdade”, disse.

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(5/12/2012 – 18h37)

 

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