A suspeita de assassinato do motorista Geraldo Ribeiro, que conduzia o ex-presidente Juscelino Kubitschek no acidente em que morreram os dois, é o principal argumento para a medida judicial que a Comissão da Verdade distribuiu em Minas Gerais. O colegiado quer a exumação do corpo do motorista, para realizar nova análise de um ferimento no seu crânio.
Embora as autoridades tenham sido simpáticas ao pedido de exumação, segundo a procuradora Ieda Pires, o vererador Natalini (PV), presidente da Comissão da Verdade Municipal, explicou que existe um problema: em outra ocasião, já foi encontrado no cadáver um material metálico. Na época, disseram que se tratava de um prego do caixão. O parlamentar suspeita que esses materiais já foram descartados, o que dificulta a investigação.
Segundo Natalini, um repórter do jornal O Estado de S. Paulo que cobriu o caso teve a mesma informação. Em conversa com o jornalista, Natalini disse que ele também ouviu a versão de que Geraldo teria levado um tiro. Ao tentar fazer a reportagem, porém, sofreu todo tipo de impedimento. Ele disse que as autoridades dificultaram o acesso e os legistas foram lacônicos, contou Natalini.
O parlamentar foi até Aracaju para conversar com o repórter. A filmagem do encontro será editada e o material fará parte dos arquivos da Comissão.
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(22/10/2013 – 14h15)