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Comentários

ELIZABETH MASSARI

MUITO IMPORTANTE A COLETA SELETIVA, MAIS MUNÍCIPES PODERIAM SER ENVOLVIDOS,

MONICA PILZ BORBA

Gostei muito dessa reunião, porém esse jogo de empurra da Amlurb vem de longa data e eles deveriam junto com a Sec de Assistencia Social ter esse cadastro organizado há anos, ajudando essa população tão excluída em nossa cidade.

Contribuições encerradas.

Comissão de Direitos Humanos define criação de comitê para buscar auxílio a catadores

Por: JOTA ABREU
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29 de maio de 2020 - 15:41

Durante reunião da Comissão Extraordinária de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania desta sexta-feira (29/5), houve acordo para a criação de um comitê intersetorial que deve levantar dados precisos sobre auxílio às cooperativas e catadores da coleta seletiva na cidade, no período da pandemia do novo coronavírus. A reunião foi conduzida pelo presidente da Comissão, vereador Eduardo Suplicy (PT), e contou com a participação dos vereadores Soninha Francine (CIDADANIA), Xexéu Trípoli (PSDB), Toninho Vespoli (PSOL) e Juliana Cardoso (PT).

O grupo de trabalho, inicialmente, vai contar com a participação de integrantes dos mandatos dos vereadores componentes da Comissão e assessoria técnica, representantes das cooperativas credenciadas e não-credenciadas no programa municipal de coleta, catadores, Defensoria Pública e tudo será coordenado pela AMLURB (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana).

A principal função, em um primeiro momento, é identificar catadores integrantes de cooperativas não-credenciadas pela AMLURB, ou catadores autônomos, que estejam enfrentando dificuldades para ter acesso aos auxílios fornecidos pelo poder público em decorrência da pandemia.

Reivindicações dos catadores

Representantes dos trabalhadores – muitos moradores em situação de rua – escreveram uma carta às autoridades apelando para atenção por conta das dificuldades de acesso aos programas de ajuda financeira. A AMLURB informa que atualmente existem 25 cooperativas cadastradas, com aproximadamente 1200 catadores, e que foi realizado um programa de auxílio para eles neste momento. Entretanto, estima-se que exista um trabalho complementar com catadores autônomos ou ligados a pelo menos 30 cooperativas não-credenciadas, e que ficaram sem apoio.

Em nome dos catadores, participaram da reunião a presidente da Cooperativa Viva Bem, Maria Tereza Monte Negro, que trabalha com 76 catadores em São Paulo, e representante do Comitê de Catadores da Cidade de São Paulo, Eduardo Ferreira de Paula. O presidente da AMLURB, Edson Tomaz de Lima Filho, representou o prefeito Bruno Covas (PSDB), e teve a companhia do diretor de Planejamento e Desenvolvimento da AMLURB, Monty Dahan. Também participou da reunião o defensor público, Paulo Fernando Esteves Alvarenga.

Coleta seletiva e objetivos do comitê

Alavarenga citou o decreto de 2007 que regula a atividade de coleta seletiva e o convênio municipal com as cooperativas, de onde ressaltou a previsão de existência do comitê que serviria para o aperfeiçoamento constante das condições de trabalho e fomento às atividades. Segundo ele, o decreto determina a inclusão de outras autoridades no grupo. Porém, ficou definido na reunião desta sexta-feira que, a princípio, a instalação do comitê terá a finalidade de buscar alternativas de apoio aos catadores no momento da pandemia, e a consequência desse trabalho levará ao aperfeiçoamento, inclusive, da composição em consonância com o decreto.

O presidente da AMLURB disse que a maior dificuldade é realmente a ausência de dados centralizados para o cuidado com esse público. Ele se colocou à disposição para ouvir as propostas e, na condição de representante do prefeito, declarou que, apesar de a AMLURB não ter acesso aos dados desta população, era dever da Prefeitura buscar, já que boa parte deles está em situação de rua, e necessita do apoio.

Monty Dahan falou sobre os cuidados da AMLURB no aperfeiçoamento das condições de trabalho e na forma como se encara a inclusão social dos catadores, envolvendo desenvolvimento humano, saúde física e mental, geração de trabalho e renda, entre outros. Para isso, segundo ele, as cooperativas também precisam ser desenvolvidas em parâmetros de qualidade de vida, segurança e saúde no trabalho, com busca do melhor aproveitamento e manejo dos materiais na linha de produção, busca de melhora na qualidade de comercialização, respeito à legislação, entre outros.

Participação dos vereadores

A vereadora Soninha Francine (CIDADANIA) levantou sugestões para iniciar as discussões que possam encontrar os dados, entre eles a utilização das informações da plataforma on-line “Cataki”, uma espécie de delivery da coleta seletiva, e tem vários trabalhadores cadastrados. Ela também levantou a necessidade de discussão de novas medidas de segurança e protocolos de trabalho para a retomada dos trabalhos das cooperativas sem risco à saúde dos catadores.

Segundo Monty Dahan, praticamente não houve interrupção na coleta seletiva, mas um aperfeiçoamento neste período. E que no momento estão planejando como será a retomada normal dos trabalhos, com atenção especial para os EPIs (Equipamentos de Segurança Individual) que são mais necessários a partir de agora. Monty também revelou que, além das 25 cooperativas já cadastradas, há outras 10 prontas para serem habilitadas pela AMLURB.

Ainda durante a reunião, a vereadora Juliana Cardoso (PT) pediu a realização de uma nova reunião reunindo secretarias e autoridades relacionadas à segurança pública e fiscalização para tratar dos vendedores ambulantes. Segundo ela, tem havido violência contra os trabalhadores, e neste momento falta orientação para a atuação deles.

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