Na pauta da quinta reunião extraordinária virtual, nesta quarta-feira (3/6), os vereadores da Comissão de Educação Cultura e Esportes receberam representantes da Secretaria Municipal de Cultura para falar sobre as ações da pasta durante o período de pandemia da Covid-19.
O presidente da comissão, vereador Eliseu Gabriel (PSB), conduziu o debate e destacou a importância de ações emergenciais para auxiliar a classe artística. “É preciso fazer com o que o dinheiro chegue, o quanto antes. A gente vive um drama no Brasil, pois o Presidente da República não quer fazer o repasse de verbas para a Cultura. São muitas ameaças. E, eu pergunto, onde está o dinheiro de nossos impostos?”.
O secretário Hugo Possolo, convidado pelos vereadores, foi representado no debate online por Mauricio Garcia Rodrigues e Luisa Dias que estão à frente de ações do executivo para auxiliar artistas e técnicos culturais.
“Quando foi decretado o início da pandemia em São Paulo, nós imediatamente tivemos que cancelar todas as nossas atividades. Fechamos nossos espaços e todas as atividades que haviam sido contratadas, por meio de uma portaria, puderam ser prorrogadas pós estado de emergência ou que os formatos de apresentação possam ser renegociados”, explicou.
Maurício completou explicando que a Secretaria não tinha nenhum mecanismo que pudesse transferir recursos para os profissionais da cultura de São Paulo. “Essa nova metodologia está sendo analisada juridicamente e novas formas de apresentações, virtuais, tem sido experimentadas pelos artistas já contratados”.
Luisa falou aos vereadores sobre o Programa Cidade Solidária que arrecada e distribui cestas básicas na capital. “A Secretaria de Cultura disponibilizou oito equipamentos culturais para pontos de arrecadação de doações. Essa é uma frente, em conjunto com a Secretaria de Assistência Social e outras pastas, nos nossos pontos e em outros 180 em toda cidade”.
O vereador Toninho Vespoli (PSOL) lembrou das dificuldades que a classe artística tem passado desde o início do isolamento social. “A gente sabe que os artistas foram os primeiros a pararem por causa da pandemia, e, provavelmente devem ser os últimos a retomarem suas atividades. Os artistas e os técnicos se encontram em uma situação muito difícil com essa crise”.
Xexéu Tripoli (PSDB) elogiou o trabalho cultural em São Paulo. “Vocês são guerreiros. Mesmo fora da pandemia, vocês se desdobram para atenderem uma demanda ‘monstruosa’ da Cultura”.
“Nós estamos falando aqui, de ‘artistas menores’, não estamos falando de grandes eventos. Estamos falando sobre o profissional que vai receber auxílio de R$ 700,00 do município. E quem não é cadastrado na Secretaria, como deve fazer?”, perguntou o vereador Jair Tatto (PT), vice-presidente da comissão.
Eduardo Suplicy (PT) sugeriu à Comissão, para quando retornar as atividades presenciais, uma Audiência Pública para tratar da situação do Parque do Bixiga e a situação do Teatro Oficina. “Vamos convidar o secretário, artistas, o José Celso Martinez e a população do Bixiga, do bairro Bela Vista”.
No fim da reunião virtual, foi sugerida pelos parlamentares a elaboração de um PL com coautoria dos parlamentares da comissão para contemplar com recursos, de forma mais rápida, os profissionais da Cultura. O texto será entregue para os representantes contribuam com apontamentos das principais demandas para serem incluídas no texto do Projeto de Lei.
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