Na primeira reunião do semestre, a Comissão de Educação, Cultura e Esportes recebeu representantes dos professores e de pais de alunos da Escola Municipal de Música e da Escola de Dança de São Paulo que procuraram a Comissão para relatarem as dificuldades enfrentadas pelos profissionais das duas instituições cuja remuneração não é reajustada, segundo eles, há mais de dez anos.
Para Daniel Cornejo, que é representante dos professores da Escola Municipal de Música de São Paulo, apesar de outros problemas, o foco da categoria atualmente é mesmo o reajuste salarial. “Estarmos há mais de dez anos sem sofrer nenhum tipo de correção salarial e isso vem afetando diretamente o corpo docente da Escola. Tem outras questões, envolvendo estrutura, espaço, mas entendemos que o problema principal hoje é este da remuneração”, afirmou Cornejo.
Flávio Lima é professor de dança contemporânea desde 2013 da Escola de Dança de São Paulo e veio representando a comissão dos professores da instituição, que assim como a de Música, pertencem a Fundação Theatro Municipal de São Paulo. Ambas estão localizadas na região central da cidade. Segundo Flávio, a reposição salarial também é a principal reivindicação dos profissionais da Escola de Dança. “Atualmente também temos enfrentados dificuldades com relação quantidade de funcionários do administrativo, que anda bem reduzido. Porém, a questão salarial é o que mais vem pesando para nós no momento”, disse Flávio.
Desde 2016 a filha da Sheila Zala estuda na Escola Municipal de Música. Para ela, a instituição vem fazendo a diferença na vida da filha. Por isso, ela faz questão de participar da reunião com os vereadores da Comissão de Educação na defesa dos professores das duas escolas. “Nós devemos muito a estes professores porque todos são profissionais excelentes. Se as duas escolas possuem esse grande reconhecimento da sociedade é justamente por causa do trabalho excepcional desenvolvido pelo seu corpo docente que merece ser reconhecido sempre”, ressaltou Sheila.
O vereador Celso Giannazi (PSOL), que compõe a Comissão, defende que a Prefeitura faça o reajusta necessário nos salários dos profissionais de ambas as escolas. “Estes professores estão há mais de dez anos sem qualquer reajuste nas suas remunerações e mesmo assim eles continuam exercendo as suas funções com excelência. Eles merecem essa valorização e nós da Comissão de Educação vamos atrás disso”, defendeu Giannazi.
No final da reunião, o presidente da Comissão de Educação, vereador Eliseu Gabriel (PSB), reafirmou aos representantes das duas entidades, o compromisso do colegiado em buscar junto ao Executivo municipal uma posição quanto a estes reajustes salariais. “Nós vamos fazer uma reunião com a secretária da Cultura para sensibilizá-la sobre esta questão, em seguida vamos conversar também o secretário da Casa Civil e, caso necessário, com o próprio prefeito. Além disso, vamos precisar também mexer no orçamento deste ano fazendo uma emenda que contemple essas duas escolas com mais recursos”, afirmou o parlamentar.
A reunião desta quarta-feira, que pode ser conferida na íntegra aqui, foi conduzida pelo vereador Eliseu Gabriel (PSB), e contou com a participação dos vereadores Celso Giannazi (PSOL), Daniel Annenberg (PSDB), Roberto Tripoli (PV) e Sonaira Fernandes (REPUBLICANOS).