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Comissão de Inovação e Tecnologia firma termo de cooperação com a Fundação Vanzolini

Por: DANIEL MONTEIRO
DA REDAÇÃO

18 de setembro de 2024 - 15:40
Lucas Bassi | REDE CÂMARA SP

Em reunião nesta quarta-feira (18/9), a Comissão Extraordinária de Inovação, Tecnologia e Cidade Inteligente da Câmara Municipal de São Paulo firmou um termo de cooperação técnica entre a Casa e a Fundação Carlos Alberto Vanzolini. O objetivo é desenvolver, em conjunto e no âmbito do colegiado, projetos e programas que promovam a inovação, tecnologia e desenvolvimento sustentável na capital paulista.

A Fundação Vanzolini, como também é conhecida, é uma organização sem fins lucrativos, criada e gerida por professores do departamento de Engenharia de Produção da Poli-USP (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo), que há mais de 50 anos atua para melhorar a efetividade do processo de desenvolvimento sustentável do Brasil.

O termo de cooperação, proposto em requerimento pelo vereador Aurélio Nomura (PSD), visa aproveitar a expertise da fundação para estudar a “adoção de políticas inovadoras e sustentáveis para enfrentar os desafios urbanos, sociais e ambientais, garantindo assim um desenvolvimento equilibrado e a melhoria contínua da qualidade de vida de seus habitantes”.

“Vai trazer uma excelente contribuição para a cidade de São Paulo e o nosso objetivo, através dessa Comissão, é tirar os entraves, o nosso objetivo é desburocratizar, o nosso objetivo é que o laboratório de dados venha a chegar na ponta e atender as pessoas. Não adianta você ter equipamentos sofisticadíssimos se eles não atenderem às pessoas. Então, o nosso objetivo é atender o ser humano, é chegar lá. Nós vamos exatamente mexer e criar uma legislação que venha realmente possibilitar que São Paulo venha a ocupar a posição que ela deve ocupar”, destacou o presidente da Comissão de Inovação e Tecnologia, vereador Sansão Pereira (REPUBLICANOS), após a assinatura do documento.

Representantes da Fundação Vanzolini também comemoraram o termo de compromisso firmado. “Quero aqui reiterar o compromisso da fundação, em colocar toda a sua estrutura, o seu conhecimento à disposição dessa Comissão, para fornecer o devido o suporte técnico à Comissão de Inovação, Tecnologia e Cidades Inteligentes”, reforçou João Amato Neto, presidente da Diretoria Executiva da organização.

“Eu gostaria de dizer que nós estamos muito honrados com essa cooperação. Esse termo de cooperação tem por objetivo dar apoio a essa Comissão e nós estamos aqui à disposição para fazer discussões sobre o futuro aqui da nossa cidade, num horizonte de longo prazo, com uma contribuição das instituições de ensino e pesquisa”, acrescentou Marcelo Schneck de Paula Pessoa, coordenador do Grupo de Pesquisas da Fundação Vanzolini.

“Esperamos que se enraíze aqui em São Paulo [a cultura de inovação e cidade inteligente] e que dê exemplo para outros locais, onde possamos trabalhar de maneira integrada a questão de inovação, tecnologia e cidades inteligentes. Conte com o nosso apoio e dedicação”, acrescentou Cesar Massaro, consultor sênior de Desenvolvimento de Negócios da fundação e representante da organização na Comissão.

Inteligência Artificial, sustentabilidade e cibersegurança

Além da assinatura do termo de cooperação, a Comissão de Inovação recebeu representantes de organizações de tecnologia digital para discutir questões relativas à inteligência artificial, cidades 100% sustentáveis e cibersegurança.

Alaor Neto, gerente de negócios da Nvidia – gigante multinacional de tecnologia e computação -, falou especialmente sobre a capacidade de processamento e inteligência artificial aplicada nas cidades, que podem gerar impactos positivos na vida dos cidadãos.

“Com relação ao tema cidades inteligentes, nós temos uma expertise muito grande. Nós desenvolvemos plataformas de computação acelerada. O que significa isso? Não só o hardware extremamente otimizado para esse tipo de proposta, mas também ferramentas de software que disponibilizamos para o nosso ecossistema. Então, tudo se faz através do nosso ecossistema, de forma completamente agnóstica”, explicou.

“E o mais importante, na questão da tecnologia, não é ela ser a melhor de todas, a mais recente, assim por dizer, mas o mais importante é aquela que seja exequível, aquela que se consiga realmente se traduzir em proposta, em projeto e consiga ser implementada no projeto de cidades inteligente. E essa é a nossa proposta”, completou Neto.

Diretora de ESG da Kei Cities – companhia de tecnologia e inovação -, Gabriela Cruz abordou, entre outros pontos, o potencial do desenvolvimento de projetos de modelos da Green Fields aplicando o conceito de cidades 100% sustentáveis.

“O que é uma cidade sustentável? Existem muitas definições oficiais, mas, para nós da Kei Cities, acreditamos que uma cidade sustentável é uma cidade planejada e gerida para adaptar-se facilmente às mudanças, ou seja, ela é resiliente. Além disso, leva em consideração o impacto que gera nas pessoas, na natureza e na economia. E, claro, deve manter uma boa qualidade de vida dos seus habitantes sem comprometer o bem-estar das gerações futuras”, comentou.

“E o que é um Green Field? É um bairro, ou uma pequena cidade, construída do zero. Ela é pensada através de uma planificação sustentável”, comentou, explicando que esse conceito leva em consideração os quatro pilares da ONU (Organização das Nações Unidas) para o desenvolvimento de cidades mais sustentáveis – desenvolvimento social, desenvolvimento econômico, gestão ambiental e o governo urbano -, colocando no centro as necessidades das pessoas.

Por fim, a importância da cibersegurança nos projetos de cidades inteligentes e dos mais variados níveis de proteção de dados foi abordada por Leonardo Fonseca Netto, gerente da Italtel Brasil, empresa especializada em tecnologias digitais. “Quando o município atende os cidadãos, você tem os dados sigilosos, endereço, às vezes biometria, reconhecimento facial, documentos, planejamento da Prefeitura. Então, todos esses documentos são considerados sensíveis, não podem ser vazados. Apesar de ser uma instituição pública, tem documento que é importante estar guardado. A cibersegurança existe para proteger esses dados”, ponderou.

“Quanto mais você vai precisar proteger esses dados, você precisa de uma ferramenta de cibersegurança porque, infelizmente, existe o lado dark da rede com hackers e ataques. Esses dados têm que ser protegidos. Então, é necessário, sim, criar uma camada de segurança para os projetos dos municípios de uma forma geral, e principalmente em smart cities”, finalizou Netto.

Também participaram da reunião os vereadores Aurélio Nomura (PSD), Alessandro Guedes (PT) e Marlon Luz (MDB) – integrantes da Comissão -, e os vereadores Coronel Salles (PSD) e Janaína Lima (PP). A íntegra dos trabalhos está disponível no vídeo abaixo:

 

 

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